sexta-feira, 9 de março de 2012

Estudo - Sexênio - Texto 6

6.       A Nossa Regra
“... afim de que, interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir as pegadas de vosso Filho nosso senhor Jesus Cristo e, por vossa graça unicamente, chegar até Vós, ó Altíssimo...” (F.F. 233)
Temos necessidade de recordar cotidianamente a nossa Regra de vida que é: vida de união com Deus na cela da alma, no mundo, nesta família espiritual.
1.      A vida de união é um dom de Deus que exige de cada uma o empenho de percorrer o caminho do amor. Esta é formada de três caminhos: Deixar tudo o que não favorece a união, cumprir segundo por segundo o que faz crescer no amor e de modo especial abraçar a cruz, responder ao amor de Deus com a disponibilidade de toda a vida.
Se, percorremos com generosidade o caminho do amor, a vida de união crescerá dentro de nós e aprenderemos a viver sempre unidas a Deus, como Maria.
Este precioso dom da união poderá ter tantas sutilezas diversas que se traduzem na mesma experiência que mudará totalmente a nossa vida.
Poderá significar viver na presença de Deus, acompanhadas por um profundo sentido do mistério, viver, com Deus, em sua companhia, na partilha, na amizade, viver perto de Deus, na adoração, na intimidade, no silêncio, na espera, no segredo, viver da sua mesma vida divina, de amorosa vida de união da qual Vincenza nos fala abundantemente; é só experiência pessoal que não se pode narrar.
2.      Na cela da alma – A vida de união não está fora de nós, mas dentro, na sela da alma. Todos os santos também, se usam palavras diversas, falam disto. É um lugar, em nós, para descobrir, para procurar, no qual retirar-se residir, permanecer. Lugar no qual se volta o mais rápido possível quando nos distanciamos. As inutilidades, o vazio, as vaidades, o orgulho, o supérfluo, os inimigos internos e externos, distanciam da cela e, portanto, de Deus, da união. A garantia que não se está fora da cela da alma, é a caridade. Quando se age pela caridade, pelo amor, pelo Senhor, na paz, sem segundas intenções, sem hipocrisia, vanglória, egoísmo, não se abandonará nunca aquele sentido de união com Deus.
A meditação e o silêncio conduzem ao limiar do interior da cela, a oração nos faz penetrar e o amor nos faz habitar nela e a caridade que ali se gera, nos envia aos irmãos.
Corremos o grandíssimo risco de não ter ainda encontrado este “lugar” em nós, porque a nossa vida é ainda imersa em um grandíssimo mar de “cosias” não verdadeiramente necessárias. Esta cela onde se vive o amor nupcial poderia ser submersa por mis pesos inúteis.
3.      No mundo – Somos criaturas que vivem este grande mistério permanecendo no mundo, nas condições comuns de vida, na plena secularidade.
A verdadeira vida de união envia aos irmãos, e andando no mundo, isto é, vivendo no mundo, anunciamos com a vida, o amor de Deus. Acreditamos que o mundo é lugar sagrado, criado por Deus, mantido em vida por Ele. Deserto árido porque sedento de Deus. Vincenza diz que o mundo é o seu belo deserto, onde plantou suas doces tendas. De fato, este deserto, cada dia, nós percorremos no nosso estar no mundo.
Mas também nós, como a nossa primeira irmã, podemos dizer que é belo este deserto, porque nele floresce cada dia o amor através da presença, a caridade, a oração de cada cristão e, portanto, também de cada uma de nós.
È urgente viver no mundo porque existe uma grandíssima necessidade de oásis, de água, de conforto, e cada vez que nos tornamos colaboradores de Deus damos também nós a nossa pequena contribuição para que este deserto floresça. As violências de cada dia, os sofrimentos, os ódios, os medos, as dúvidas, as desilusões e todo caminho do mundo feito de fragilidade e de enganos ao lado de todo bem, o bom, o belo, as mil esperanças de cada um, os ideais, as expectativas vistas na nossa pequena experiência de cada dia, junto a Jesus e em Jesus, encontramos significado. Uma presença, a nossa que exprima a união com Ele, que deixe transparecer no rosto, nos gestos, nas palavras, uma presença que fale Dele.
4.       Nesta família espiritual – A vocação nos foi dada dentro da P.F.F. Nesta família, através de um caminho de confiança e de colaboração, encontramos as respostas e as energias que nos ocorrem, a compreensão e o despojar-se, algumas vezes também momentos de incompreensões e de cansaço, pérolas preciosas sobre nosso caminho, que nos ajudam a modificar o caráter, a procurar verdadeiramente a vontade de Deus, a despojar-se do nosso “eu”.
Devemos refletir sobre o significado, para cada uma, da pertença a esta família, da comunhão de vida com as irmãs e da participação nos momentos de vida fraterna.
Caríssima irmã, o caminho é longo e difícil, mas também muito belo e excitante. Coragem! Nos parece sempre de estar no início. O Senhor nos está conduzindo pelos seus caminhos e quer a colaboração de todas. Você, como pode colaborar?  (Vida de Família, n. 2/98)
Empenho pessoal
Cada dia no momento mais calmo, dedicado á vida de oração, orienta o teu viver na calma, na paz, na oferta de ti mesma. Compreendas, iluminada, pelo Espírito Santo, as pequenas respostas operadas que deves dar.
-          Purifica o teu coração do egoísmo, da vanglória, da presunção, do buscar aquilo que te é cômodo e sacrifica-te pelo Evangelho.
-          Não podes viver tudo aquilo que o mundo te oferece. Deves escolher e ter a coragem de testemunhar o teu andar contra a corrente. Testemunhando com a vida, “fale” de Jesus. Aos grandes desafios que o mundo te faz, deves responder com as tuas pequenas escolhas corajosas, claras, decisivas que produzam frutos ali onde vives.
-          Pergunta-te se o teu “encasular” a consagração secular é bastante reduzido ou se podes dar, dentro de te, um maior espaço no acolhimento da pluralidade de expressões.
Considera, ainda, a tua disponibilidade pessoal para deixar-te conduzir pelo Espírito Santo visando manifestações novas do mesmo carisma, sempre na plena obediência à Igreja e às responsabilidades do Instituto

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