O desejo profundo da
primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira
fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho
encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo
autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem”
(cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
O autor se dirige à comunidade de modo brusco,
com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal
afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente
retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo
de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as
tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até
“inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo
de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que
estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também
esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo.
Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos
do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois
lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do
conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação
da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela
a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se
voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma
tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços
realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes,
precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas
não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges,
cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um
conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam
porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica
do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um
papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o
Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão
intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo
receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas
significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf.
2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o
mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece
descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf.
2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!
Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto,
fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também
através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível
forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar
/ renegar; sair / permanecer; nós / vós.
As duas disposições são realmente opostas e
não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão
identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o
apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos
de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr.
2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante
mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência
sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode
reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última
ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades
eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que
a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa
secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na
«confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer
no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma
forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o
princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto
com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os
eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção
a todos conferida (cf. 2,20), de modo a
crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o
também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz
na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
✓ Qual é a relação que
cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
✓ Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo próximo), e que a dimensão que diz respeito
ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
✓ Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo
com o Senhor Jesus? ...... (junho)
(1 Gv
2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da
primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira
fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho
encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo
autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem”
(cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
O autor se dirige à comunidade de modo brusco,
com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal
afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente
retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo
de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as
tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até
“inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo
de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que
estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também
esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo.
Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos
do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois
lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do
conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação
da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela
a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se
voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma
tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços
realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes,
precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas
não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges,
cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um
conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam
porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica
do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um
papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o
Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão
intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo
receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas
significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf.
2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o
mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece
descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf.
2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!
Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto,
fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também
através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível
forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar
/ renegar; sair / permanecer; nós / vós.
As duas disposições são realmente opostas e
não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão
identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o
apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos
de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr.
2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante
mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência
sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode
reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última
ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades
eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que
a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa
secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na
«confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer
no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma
forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o
princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto
com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os
eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção
a todos conferida (cf. 2,20), de modo a
crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o
também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz
na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
✓ Qual é a relação que
cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
✓ Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo próximo), e que a dimensão que diz respeito
ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
✓ Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo
com o Senhor Jesus?
(1 Gv
2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da
primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira
fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho
encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo
autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem”
(cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
O autor se dirige à comunidade de modo brusco,
com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal
afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente
retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo
de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as
tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até
“inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo
de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que
estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também
esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo.
Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos
do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois
lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do
conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação
da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela
a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se
voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma
tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços
realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes,
precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas
não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges,
cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um
conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam
porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica
do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um
papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o
Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão
intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo
receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas
significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf.
2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o
mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece
descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf.
2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!
Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto,
fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também
através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível
forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar
/ renegar; sair / permanecer; nós / vós.
As duas disposições são realmente opostas e
não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão
identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o
apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos
de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr.
2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante
mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência
sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode
reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última
ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades
eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que
a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa
secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na
«confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer
no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma
forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o
princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto
com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os
eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção
a todos conferida (cf. 2,20), de modo a
crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o
também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz
na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
✓ Qual é a relação que
cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
✓ Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo próximo), e que a dimensão que diz respeito
ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
✓ Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo
com o Senhor Jesus?
(1 Gv
2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da
primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira
fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho
encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo
autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem”
(cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
O autor se dirige à comunidade de modo brusco,
com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal
afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente
retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo
de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as
tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até
“inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo
de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que
estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também
esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo.
Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos
do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois
lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do
conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação
da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela
a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se
voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma
tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços
realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes,
precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas
não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges,
cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um
conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam
porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica
do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um
papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o
Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão
intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo
receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas
significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf.
2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o
mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece
descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf.
2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!
Fé ou idolatria?Quem precisa, portanto, fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar
/ renegar; sair / permanecer; nós / vós.
As duas disposições são realmente opostas e
não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão
identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o
apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos
de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr.
2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante
mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência
sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode
reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última
ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades
exaltante. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que
a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa
secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na
«confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer
no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma
forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o
princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contato
com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os
eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção
a todos conferida (cf. 2,20), de modo a
crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o
também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz
na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
✓ Qual é a relação que
cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
✓ Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo próximo), e que a dimensão que diz respeito
ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
✓ Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo
com o Senhor Jesus?
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