sexta-feira, 4 de maio de 2018

4. A última hora e o Espirito de visão - 1 Jo 2, 18-28

(1 Gv 2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem” (cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
 O autor se dirige à comunidade de modo brusco, com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até “inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo. Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes, precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges, cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf. 2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf. 2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!

Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto, fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar / renegar; sair / permanecer; nós / vós.
 As duas disposições são realmente opostas e não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr. 2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na «confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção a todos conferida (cf. 2,20), de modo a crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
  Qual é a relação que cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo  próximo), e que a dimensão que diz respeito ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo com o Senhor Jesus? ...... (junho)
 (1 Gv 2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem” (cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
 O autor se dirige à comunidade de modo brusco, com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até “inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo. Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes, precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges, cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf. 2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf. 2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!

Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto, fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar / renegar; sair / permanecer; nós / vós.
 As duas disposições são realmente opostas e não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr. 2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na «confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção a todos conferida (cf. 2,20), de modo a crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
  Qual é a relação que cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo  próximo), e que a dimensão que diz respeito ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo com o Senhor Jesus?
 (1 Gv 2,18-28) = Ler na Bíblia
O desejo profundo da primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem” (cf. 2,26) tal pertença.
A última hora
 O autor se dirige à comunidade de modo brusco, com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até “inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo. Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes, precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges, cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf. 2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf. 2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!

Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto, fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:
Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar / renegar; sair / permanecer; nós / vós.
 As duas disposições são realmente opostas e não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!
Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr. 2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades eclatanti. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na «confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer no momento da sua vinda.
Precisa decidir-se!
O trecho é portanto uma forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contacto com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção a todos conferida (cf. 2,20), de modo a crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz na espera do cumprimento da história.
Para continuar a reflexão
  Qual é a relação que cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?
Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo  próximo), e que a dimensão que diz respeito ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo com o Senhor Jesus?

 (1 Gv 2,18-28) = Ler na Bíblia

O desejo profundo da primeira carta de João è oferecer critérios para o discernimento da verdadeira fé. Portanto, mais que uma carta è um apelo, uma exortação. o nosso trecho encara a questão de modo direto e explícito tratando daqueles que vivem de modo autêntico a relação com Deus e com os irmãos e dos que ao contrário “fingem” (cf. 2,26) tal pertença.

A última hora

 O autor se dirige à comunidade de modo brusco, com tom apocalítico, afirmando que «já chegou a última hora» (2,18). Com tal afirmação não se quer de modo nenhum evocar o fim do tempo ou o iminente retorno glorioso do Senhor Jesus, mas o clima de luta escatológica que o juízo de Deus comporta: desde o momento que se intensificam as provações e as tribulações, é pedido uma decisão. Quase a aumentar a dose, o apóstolo até “inventa” (desde o momento que ocorre só nas cartas de João) o sugestivo termo de anticristo (cf. 2,18.22; 4,3; 2Gv 7) para delinear aquele – no plural! – que estão procurando testemunhar um modo diferente de viver o cristianismo: também esses crentes batizados (!) renegam também a fé em Jesus Cristo. Significativamente, (anti)cristo, assim como «unção» (2,20.27), derivam ambos do mesmo verbo grego chriein, (ungir, consagrar). Poderão aparecer os dois lados da mesma medalha: ou de modo diferente! Se a unção é a forma matural do conhecimento do Senhor, aquela que consente acolher a verdade e coincide com a atuação da palavra e do mandamento do amor (cf. 1,6.8; 2,4;3,18), o anticristo se apela a uma modalidade relacionale desvinculada de todo realismo histórico, se voltando para uma gnose abstrata. Se no início do escrito estava delineada uma tensão polar entre luz e trevas (cfr. 1,5-7), esta assume agora traços realistas e se mostra como uma contraposição entre dois grupos de crentes, precedentemente pertencentes à mesma comunidade. «Saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos» (2,19). O que caracteriza tais discórdias, hereges, cismáticos? Não é fácil dar uma resposta certa. Estas pessoas professam um conhecimento de Deus (cf. 2,4) e reivindicam um dom profético (cfr. 4,1). Negam porém uma relação entre Jesus e o Cristo (cf. 2,22), entre a humanidade histórica do mestre de Nazaré e o Filho de Deus e, conseqüentemente, não reconhecem um papel significativo nem também o Pai: «Quem nega o Filho, não possui também o Pai» (2,23). Tal grupo, provavelmente, atribuia grande importância à dimensão intelectual – como, aliás, os “verdadeiros crentes”, que no momento do batismo receberam uma catequese precisa e fizeram afirmações cristológicas significativas (cf. 2,20.24) – mas não se refere a dimensão relacional (cf. 2,3-4), os seus membros não pareciam interessados a uma coerência moral com o mandamento do amor, muitas vezes confirmado nesta carta como invece descriminante. Estes são portanto os «mentirosos» (2,22), os enganadores (cf. 2,26): a sua presença confirma a importância do momento, é a hora da decisão!
Fé ou idolatria?
Quem precisa, portanto, fazer uma escolha entre a verdadeira fé e a idolatria vem torcido também através de uma série de expressões opostas, que parecem impedir toda possível forma de compromisso ou de aliança mesmo só parcial:

Verdade / falsidade; saber / não super.; confessar / renegar; sair / permanecer; nós / vós.
As duas disposições são realmente opostas e não parece abrir-se nenhum indício para uma reconciliação; a questão identificada é impedimento, nenhuma tonalidade!

Permanecer na tradição autêntica
O pôr em vigilância que o apóstolo se dirige aos verdadeiros crentes – jamais se dirige diretamente aos de fora – é, então, a exortação para permanecer na tradição autêntica (cfr. 2,24.27.28), para perseverar: tal apelo não tem nenhuma finalidade alarmante mas reforça a raiz interior necessária afim de que a pertença e a coerência sejam autenticas. A unção do Espírito, que guia o verdadeiro crente, não pode reenviar ao Senhor mas só a eles, como Jesus mesmo afirmou durante a última ceia (cf. Gv 14,17.26): não são de esperar revelações futuras ou novidades exaltante. A saída, «a promessa» de tal percurso é, nada mais e nada menos, que a «vida eterna» (cf. 1,2; 2,25), a comunhão plena e duradoura com Deus. A nossa secção se conclui, de modo só aparentemente contrário de como se foi aberta, na «confiança» (2,28): se se permanece fiel ao Senhor Jesus, não tem nada a temer no momento da sua vinda.

Precisa decidir-se!

O trecho é portanto uma forte exortação para decidir-se, a manter-se fiel à tradição ouvida «desde o princípio» (2,24) e para isto somos criados. Parece ser banidos todo contato com aqueles que se distanciaram, «que procuram enganar-vos» (2,26), tornando-os eventualmente motivo para confirmar a própria escolha. A voz do Espírito, a unção a todos conferida (cf. 2,20), de modo a crescer na relação com Jesus o Cristo, o Filho de Deus incarnado, encontrando-o também o Pai. A importância do momento e da escolha oferecem serenidade e paz na espera do cumprimento da história.

Para continuar a reflexão

  Qual é a relação que cultivamos com o Senhor? Gnóstica e intelectual ou histórica e quotidiana?

Estou convicta que ao meu crer devo coligar um ortoprassi (o amor pelo  próximo), e que a dimensão que diz respeito ao conteúdo está unido a um estilo de vida coerente e livre?
Nos momentos de prova e dificuldade, reforço o relacionamento profundo com o Senhor Jesus?

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