O Senhor chamou-nos a viver segundo o evangelho, não
sozinhos, mas numa Fraternidade. É nela e por meio dela que se
realiza a nossa vocação, uma vez que é ela o lugar privilegiado o encontro com Deus. E neste espirito que queremos viver, não apenas
como pessoas que partilham de um espaço comum como que correndo
para o mesmo fim e ajudando-o a atingi-lo, mais voltando-nos uns
para os outros para mutualmente nos amarmos, como o próprio Senhor
nos deu o exemplo e o mandamento. Devemos todos olhar-nos como
família, dar-nos provas de respeito, manifestarmos simplesmente uns
aos outros as nossas necessidades, prestarmos uns ao outros os mais
humildes serviços, evitar as disputas, as murmurações as cólera,
as apreciações negativas; numa palavra, amarmo-nos por atos e não
apenas por palavras; isso é com carinho duma mãe para com os seus
filhos e filhas.
Uma vida fraterna assim, significada e alimentada pela
Eucaristia, sacramento de unidade e caridade, implica a partilha
material e espiritual, a busca de Deus e de Jesus na oração comum,
as permutas e interpelações fraternas, o confrontos dos nossos
respectivos compromissos e habitualmente a vida em comum. A escolha
duma tal vida, feita após reflexão, submetida a `provação do
tempo e publicamente expressa diante de Deus e da Igreja, liga-nos de
forma permanenteà Fraternidade que abraçamos. Esta vida ccomporta
igualmente a escolha dos votos evangélicos por causa do Reino (cf.
Mt 19,12), o qual baseado na promessa e no apelo de Jesus, favorece
a realização dum semelhante tipo de vida.
E se soubermos, assim, viver, ((não de palavras , mas
de obras)) a verdadeira fraternidade, entre nós mesmos; e se em vez
de nos fecharmos permanecemos abertos a todos os seres humanos com
quem entamos em contatos, corresponderemos `espectativa dum mundo
que, ameaçado pela despersonalização e pelo anonimato, aspira
profundamente a Fraternidade. Nós poderemos então com outros
cristãos ou não, desempenhar uma função de fermento na edificação
duma humanidade que não seja uma poeira de indivíduo solitários e
despersonalizaddos, mas uma comunhão fraterna em Cristo.
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