Durante o Encontro Promovido
Pela Conferência Italiana Dos Institutos Seculares - Sábado, 10 de Maio de 2014
Palavras improvisadas:
Pela Conferência Italiana Dos Institutos Seculares - Sábado, 10 de Maio de 2014
Palavras improvisadas:
1.
Pio
XII,Provida Mater ecclesia, foi um gesto revolucionário na Igreja, um gesto de coragem
que a Igreja fez: dar estrutura,
atribuir institucionalidade aos institutos seculares.
2.
A partir daquele momento até hoje é tão grande o bem que fizestes
à Igreja, com coragem porque há necessidade de coragem para viver no mundo.
3.
Muitos de vós, em casa, no apartamento, outros em pequenas
comunidades, vivendo como uma pessoa que vive no mundo e ao mesmo tempo vivendo
a contemplação.
4.
Viver
no mundo e cultivar a contemplação. Contemplação
em relação ao Senhor e também em relação ao mundo. Contemplar a realidade, contemplar as belezas do mundo e
também os grandes pecados da sociedade, os desvios, todas estas coisas, e
sempre em tensão espiritual...
5.
Por isso a vossa vocação é fascinante, porque é uma vocação que
está precisamente ali, onde está em questão a salvação não só das pessoas, mas
das instituições.
6.
Espero que conserveis
sempre esta atitude de ir além, não só além, mas mais além e no meio, lá onde
tudo está em questão: a política, a economia, a educação, a família... ali!
7.
Talvez seja possível que tenhais a tentação de pensar: «Mas o que
posso eu fazer?». Quando surge esta tentação recordai-vos de que o Senhor nos
falou do grão de mostarda! E a vossa vida é como a semente... ali; é como o
fermento... ali. É fazer o possível para que o Reino venha, cresça e seja
grande e também que guarde muita gente, como a árvore da mostarda. Pensai
nisto.
8.
Vida pequena, gesto pequeno; vida normal, mas fermento, semente,
que faz crescer.
9.
Os resultados neste balanço sobre o Reino de Deus não se vê. Só o
Senhor nos faz sentir algo... Veremos os resultado no céu.
10. E para
isto é importante que tenhais muita esperança! É uma graça que deveis pedir ao
Senhor, sempre: a esperança que nunca desilude. Nunca desilude! Uma esperança
que vai em frente.
11. Eu
aconselho-vos a ler com muita frequência o capítulo 11 da Carta aos Hebreus,
aquele capítulo da esperança. E aprender que muitos dos nossos pais percorreram
este caminho sem resultados, mas viram-nos de longe. A esperança... É isto que
vos desejo.
12. Muito
obrigado pelo que fazeis na Igreja; muito obrigado pela oração e pelas ações.
Obrigado pela esperança. E não esqueçais: sede revolucionários!
Discurso preparado e entregue:
1. Conheço e aprecio a vossa vocação! Ela é uma das formas
mais recentes de vida consagrada reconhecidas e aprovadas pela Igreja, e talvez
por isto ainda não é totalmente compreendida. Não desanimeis: vós pertenceis
àquela Igreja pobre e em saída que desejo!
2. Por
vocação sois leigos [e sacerdotes] (1) como os outros no meio dos outros,
levais uma vida normal, privada de sinais exteriores, sem o apoio de uma vida
comunitária, sem a visibilidade de um apostolado organizado ou de obras
específicas.
3. Sois
ricos só da experiência totalizadora do amor de Deus e por isto sois capazes de
conhecer e partilhar a fadiga da vida nas suas multíplices expressões,
fermentando-as com a luz e com a força do Evangelho.
4.
Sede sinal daquela Igreja dialogante da qual fala Paulo VI na
Encíclica Ecclesiam suam: «Não se salva o mundo
estando fora; é preciso, como o Verbo de Deus que se fez homem, identificar-se,
em certa medida, com as formas de vida daqueles aos quais se pretende levar a
mensagem de Cristo, é preciso partilhar, sem estabelecer distâncias de
privilégios, ou diafragma de diálogo incompreensível, o hábito comum, sob
condição de que seja humano e honesto, sobretudo dos mais pequenos, se
quisermos ser ouvidos e compreendidos. É necessário, ainda antes de falar,
ouvir a voz, aliás o coração do homem; compreendê-lo, e na medida do possível
respeitá-lo e, quando o merece, satisfazê-lo. É preciso tornar-se irmãos dos
homens no mesmo ato com o qual queremos ser seus pastores, pais e mestres. O
clima do diálogo é a amizade. Aliás, o serviço» (n. 90).
5.
O tema da vossa Assembleia, «No coração das vicissitudes humanas: os desafios
de uma sociedade complexa», indica o campo da vossa missão e da vossa profecia.
6.
Estais no mundo mas não sois do mundo, levando dentro de vós o essencial da
mensagem cristã: o amor do Pai que salva. Estais no coração do mundo com o
coração de Deus.
A vossa vocação faz com que estejais interessados em cada homem e nas suas
instâncias mais profundas, que muitas vezes não são expressas ou são
mascaradas. Em virtude do amor de Deus que encontrastes e conhecestes, sois
capazes de proximidade e ternura. Assim podeis estar tão próximos que tocais do alto as suas feridas e
expectativas, as suas perguntas e as suas necessidades, com aquela ternura que
é expressão de uma cura que elimina qualquer distância. Como o Samaritano que passou adiante e viu e sentiu
compaixão. Está aqui o movimento no qual a vossa vocação vos compromete:
passar ao lado de cada homem e tornar-vos o próximo de cada pessoa que
encontrais.
7. O vosso permanecer no mundo não é
simplesmente uma condição sociológica, mas é uma realidade teologal que vos
chama a um estar consciente, atento, que sabe entrever,
ver e tocar a carne do irmão.
8. Se isto não acontece, se vos
tornastes distraídos, ou ainda pior, se não conheceis este mundo contemporâneo
mas conheceis e frequentais só o mundo mais conveniente para vós ou que mais
vos seduz, então é urgente uma conversão!
9. A vossa é uma vocação por sua
natureza em saída, não só
porque vos leva para o alto, mas também e, sobretudo, porque vos pede que
habiteis lá onde habitam todos os homens.
10. Sede um fermento que pode produzir
um pão bom para muitos, aquele pão do qual há tanta fome: a escuta das
necessidades, dos desejos, das desilusões, da esperança. Como quem vos precedeu
na vossa vocação, podeis voltar a dar esperança aos jovens, ajudar os idosos,
abrir caminhos para o futuro, difundir o amor em todos os lugares e em cada
situação.
11. Se isto não acontecer, se a vossa
vida diária estiver privada de testemunho e de profecia, então, volto a
repetir-vos, é urgente uma conversão!
12. Nunca percais o impulso de caminhar pelas vias do mundo, a
consciência de que caminhar, ir até com passo incerto e coxeando, é sempre
melhor do que estar parados, fechados nas próprias perguntas ou certezas.
13. A paixão missionária, a alegria do
encontro com Cristo que vos estimula a partilhar com os outros a beleza da fé,
afasta o risco de permanecer bloqueados no individualismo.
14. O pensamento que o homem propõe
como artífice de si mesmo, guiado apenas pelas próprias escolhas e desejos,
muitas vezes revestidos com o hábito aparentemente belo da liberdade e do
respeito, corre o risco de minar os fundamentos da vida consagrada, sobretudo
da secular.
15. É urgente reavaliar o sentido de pertença à vossa comunidade
vocacional que, precisamente
porque não se funda numa vida comum, encontra os seus pontos de força no
carisma. Por isso, se cada um de vós é para os outros uma possibilidade
preciosa de encontro com Deus, trata-se de redescobrir a responsabilidade de
ser profecia como comunidade, de procurar juntos, com humildade e com
paciência, uma palavra de sentido que pode ser um dom para o país e para a
Igreja, e dela dar testemunho com simplicidade.
16. Vós sois como antenas prontas a colher os germes de
novidade suscitados pelo Espírito Santo, e podeis ajudar a comunidade eclesial
a assumir este olhar de bem e encontrar caminhos novos e corajosos para
alcançar todos.
17. Pobres entre os pobres, mas com o
coração ardente.
18. Nunca parados, sempre a caminho.
19. Juntos e enviados, também quando estais
sós, porque a consagração faz de vós uma centelha viva de Igreja.
20. Sempre a caminho com aquela
virtude que é uma virtude peregrina: a alegria!
21. Obrigado, caríssimos, pelo que
sois.
22. O Senhor vos abençoe e Nossa
Senhora vos proteja. E rezai por mim!
Discurso
do Papa Francisco sobre o ano da Vida
Consagrada e nosso papel como Consagradas Seculares na Igreja hoje. Através de
diversas citações bíblicas procurou-se interiorizar-se para vivenciar no dia a dia
a nossa vocação:
Mc
3,14; I Coríntios 7, 32-37; Jo 15, 19-37;
Oséias 3,5; Êxodo 40, 34-38; Numero 9, 15-17; I Reis 18 e 19.
O tema: A mulher Hemorraíssa e a Mulher
Cananeia, também fez com que fosse enfatizado bastante o nosso papel de mulher
consagrada Secular no mundo de hoje. Questionou:
Como
nos identificamos hoje?
Quais as minhas preocupações?
Qual é
o testemunho da nossa vida?
Deixamos
nos interpelar pelo Evangelho?
Qual é
o testemunho da nossa vida?
Jesus é o meu único amor?
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