Deus
e o Homem - Encontro, chamado, Resposta
1.0
- Fascículos para os encontros de Formação da admissão à
primeira passagem
ÍNDICE
DOS FASCÍCULOS
- Introdução: “Deus fala aos homens como amigos” (DV 2)
- Porque iniciamos com a Palavra de Deus?
- A Palavra de Deus como palavra.
- A Palavra de Deus em sua ressonância e dinâmica. (lições recebidas)
- “Deus chama à existência as coisas que ainda não existem” (Rom 4,17).
- A criação
- O homem feito à imagem de Deus
- Criatura de Deus
- Interlocutor de Deus
- Aberto aos seus semelhantes
- Artífice do seu destino
- Colaborador de Deus
- Coroamento da criação
- “Cuidou muito do gênero humano” (DV. 3)
- Chamou Abraão para fazer dele um grande povo
2.1.1.
Chamado Divino
2.1.2.
Missão de Abraão
2.1.3.
Resposta ao chamado de Deus
2.1.4.
Pai a custo de uma vida
- Realização pessoal de Abraão
- Chamou Moisés numa sarça ardente
- Manifestação de Deus
- Chamado divino
- Missão de Moisés
- Objeção de Moisés
- Revelação do “nome”
- Realização pessoal de Moisés
- Guiou Josué na terra prometida
- Chamado divino
- Rito de investidura
- Resposta ao chamado de Deus
- Realização pessoal de Josué
- Chamou o jovem Samuel pelo nome
- Papel da mãe na vocação de Samuel
- Chamado divino
- Missão
- Resposta ao chamado de Deus
- Realização pessoal de Samuel
- “Ensinou o povo por meio dos profetas” (DV 3)
- Amós: “O Senhor tirou-me de junto do meu rebanho” (7,15).
- Chamado divino
- Missão
- Resposta ao chamado
- Realização pessoal
- Jeremias: “Eu te estabeleci profeta das nações” (1,5).
- Chamado divino
- Objeção
- Missão
- Rito de investidura
- Atividade profética
- Resposta ao chamado divino
- Realização pessoal
- “Enviou seu Filho... para anunciar a Boa Nova” (SC 5)
- A vocação de Jesus
- A vocação de Jesus não precisa de confirmação.
- A resposta é tudo, menos fácil.
- Quais são as características da “vocação” singular de Jesus?
- A vocação na perspectiva de Jesus
- Jesus chama os seus colaboradores
- A vocação dos primeiros discípulos: “Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de homens”.
- “Ao passar viu Levi ...”
- “Constituiu doze que ficaram com Ele ...”
- “Jesus, olhando-o, amou-o”: a vocação falida do homem rico.
- “Eu te seguirei por onde fores ...”: os aspirantes a discípulos.
- Conclusão: itens constitutivos do chamado ao seguimento de Jesus.
- “Chamado a ser apóstolo de Jesus”: a vocação de Paulo e em Paulo.
- A vocação singular de Paulo
- Uma existência transformada: apóstolo de Jesus Cristo
- Uma existência com uma meta: para o anúncio do evangelho
- Uma existência marcada: por Cristo, com Cristo, em Cristo
- A vocação particular do cristão
- Na origem do chamado: uma livre iniciativa de Deus
- No centro do chamado: o mistério pascal de Cristo
- Resposta ao chamado: a vida segundo o Espírito
- “Eis-me aqui, sou a serva do Senhor”
- A finalidade essencial da vocação de Maria
- Características humanas na vocação de Maria
- A fé
- A obediência
- A esperança
- O amor
- As modalidades da vocação de Maria
- Modalidades antropológicas
- Modalidades históricas
- Modalidades teológicas
CONCLUSÃO
APRESENTAÇÃO
Este é o primeiro dos
fascículos preparados para os encontros de formação inicial.
Depois de um período de
conhecimento, com o rito de admissão, inicia-se para a candidata o
tempo de preparação à consagração e, sucessivamente, à
incorporação definitiva na Pequena Família Franciscana.
São etapas fundamentais na
vida de uma pessoa e fazem parte do grande mistério que é a própria
existência de cada homem e cada mulher neste mundo.
Toda vida floresce como
resposta a Deus que a chama a ser. Em si, ela não tem raízes, só
em Deus, que é criador e senhor do universo.
“Como
algo pode subsistir, se tu não queres? Ou conservar-se, se tu não o
tivesses chamado à existência?” (Sab. 11,25).
Deus revelou, através de
sua Palavra, o seu desígnio de salvação sobre o mundo e em Cristo,
plenitude da revelação, revelou ao homem a sua vocação, “a sua
altíssima vocação”. Não só a revelou, mas deu-lhe também a
possibilidade de vivê-la.
De fato, “se alguém está
em Cristo, é uma criatura nova, as coisas velhas passaram, eis que
nasceram novas” (2 Cor. 5,17).
Nossa novidade de vida,
caminhamos nós dia após dia; destinatários das coisas “sobre as
quais os anjos desejam fixar o olhar” (1 Pd 1,12). Iniciar um
caminho para uma vida de consagração é como aceitar “renascer do
alto” visto que “aquele que nasceu da carne é carne e aquele que
nasceu do Espírito é Espírito”, diz Jesus a Nicodemos (Jo.
3,5-6).
Muitas canções dizem que
essa vida é uma aventura maravilhosa e é verdade! Mas, muito além
das emoções, dos entusiasmos e das empolgações, somos
introduzidos numa realidade muito, muito maior: a do reino dos céus.
“O tempo completou-se e o reino de Deus está próximo;
convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc. 1,15), diz Jesus, ao
passar pela Galiléia.
E isso Ele repete também
para nós, para que deixemos o coração ser traspassado por esse
anúncio de salvação.
Os fascículos que formarão
o texto de estudo para esse primeiro ano de formação desenvolveu o
tema bíblico da vocação e foram elaborados, para nós, por Frei
Giovanni di Maria, O.F.M., a quem agradecemos pelo trabalho. Os
fascículos seguem uma ordem bem lógica e estão ligados as
Escrituras. Devido à abundância de citações, é indispensável
usar a Bíblia quando se prepara e quando se desenvolvem os
encontros.
A palavra de Deus, que em
sua revelação ilumina e dá sabedoria aos simples, seja a alegria e
o contentamento do nosso coração, brilhe como lâmpada num lugar
obscuro até que surja o dia e a estrela da manhã se levante em
nossos corações (2 Pd. 1,19): Jesus é a estrela radiante da manhã.
(Ap. 22,16).
- INTRODUÇÃO: “Deus fala aos homens como amigos” (D.V. 2)
DEUS
E O HOMEM; ENCONTRO, CHAMADO, RESPOSTA
Aprouve
a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se e dar a conhecer o
mistério da sua vontade (cf. Ef. 1,9), através do qual os homens,
por meio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo têm acesso
ao Pai e tornaram-se partícipes da natureza divina (cf. Col. 1,5;
2Pd. 1,4). De fato, com essa revelação, Deus invisível (cf. Col.
1,5; 1Tim. 1,17), pelo seu imenso amor fala aos homens como amigos
(cf. Ex. 33,11; Jo. 15,14-15) e conversa com eles (cf. Bar. 3,38),
para convidá-los e admití-los à comunhão com Ele (DV 2:
EV.1/873).
Tomou-se
esse trecho da Dei Verbum
para introduzir o discurso da vocação no contexto da história da
salvação, que é história da revelação de Deus que sai do
mistério da transcendência para vir ao encontro do homem, para
elevá-lo a participar da sua vida divina. Penetramos nesse
maravilhoso projeto divino através de um itinerário bíblico que,
nas suas diversas etapas, vai nos fazer tocar com a mão o amor
apaixonado de Deus pelas suas criaturas.
- Por que iniciamos com a Palavra Deus?
Porque vocação significa
apelo, chamado e chamado é, exatamente, uma das funções da
palavra. A vocação entra no fenômeno geral da Palavra de Deus:
assim, é possível aplicar-lhe aspectos, momentos, características
da Palavra.
- A palavra de Deus como palavra
A palavra de Deus é
comunicação, é manifestação do que Deus é, daquilo que Ele quer
dizer de si mesmo. A palavra humana é comunicação do que o homem
é, daquilo que ele quer. Portanto, a primeira função da Palavra de
Deus - como palavra - é a comunicação de Deus.
A
segunda função da palavra é apelativa e criadora, suscitadora de
energias de vida, o tu, a palavra imperativa. É aquela com a qual
Deus não só comunica alguma coisa de si mesmo, mas também pede
algo a alguém, chama, ordena, promete, julga.
Como
diz Paulo, Deus “chama à existência as coisas que ainda não
existem” (Rom 4,17).
Para
essa Palavra vale sobretudo o princípio da eficácia. A Palavra de
Deus tem um caráter criador, é Palavra eficaz. Essa cria o que diz,
faz o quer pede, estimula eficazmente aquilo a que convida.
Enfim,
a Palavra de Deus como mensagem, proclamação de uma realidade. Esse
aspecto informativo está presente na palavra humana, como notícia,
história, narrativa de um acontecimento. Também a Bíblia, que é
Palavra de Deus, história, proclamação dos gestos de Deus, é
feita de notícias, é Palavra informativa. Porém, é uma informação
que também é mensagem de salvação. Resumindo, entre os aspectos
fundamentais da Palavra encontramos a Palavra - comunicação, a
Palavra - criadora, a Palavra - mensagem.
A
vocação situa-se, principalmente, no segundo momento, isto é, na
Palavra como apelo, como criação, na Palavra que estimula, que
chama, indicando um caminho a seguir; na Palavra que se dirige a um
tu.
Notamos,
porém, que a Palavra de Deus como vocação, mesmo correspondendo ao
segundo aspecto, isto é, ao tu, é também autocomunicação, é
mensagem. Portanto, os três aspectos devem estar presentes; no
entanto, pode-se entender que Deus chama uma pessoa e nessa chamada
Ele comunica algo de si mesmo e propõe uma mensagem de salvação. É
esse pois o âmbito mais amplo no qual se deve entender que Deus
chama.
- A Palavra de Deus em sua ressonância e dinâmica
Para
compreender melhor a amplitude, a vastidão e a importância da
Palavra de Deus na Igreja, especifiquemos alguns níveis da sua
ressonância. Antes de tudo, há uma ressonância da Palavra no
âmbito magistral: o Papa, os Concílios, os bispos, a pregação das
verdades no campo oficial e magisterial. Há também o âmbito
litúrgico sacramental: nos sacramentos a Palavra é repetida com
fórmulas bíblicas e eclesiais.
Há
ainda uma ressonância no âmbito da pregação e da catequese, isto
é, toda a atividade de proclamação e publicação da Palavra, nas
várias formas eclesiais, até as mais simples. E enfim, o último
elemento, mas não o menos importante para a vocação, a
“assimilação pessoal”. A Palavra de Deus não ressoa apenas na
Bíblia ou na Igreja, ressoa também em cada um de nós e esse é o
ponto de partida para uma análise mais íntima e pessoal da vocação.
A
Palavra de Deus nos toca, é uma semente posta no coração; não
apenas semeada no campo da Igreja, mas também no coração de cada
um. Assim, também o nosso coração é lugar de ressonância da
Palavra. Evidentemente, não de uma Palavra de Deus, destacada da
liturgia, do sacramento, do magistério e da Escritura; ainda que
tenha um lugar próprio de manifestação.
Para
a vocação, deriva disso uma consequência muito importante, ou
seja, geralmente, o fato vocacional se desenvolve num ambiente em que
a Palavra de Deus se manifesta e ressoa. Não basta uma simples
atração pessoal, um certo gosto, uma inclinação qualquer; é
preciso tudo isso (que também é importante e de certa forma até
fundamental) se nutra e se expanda em todas as ressonâncias da
Palavra de Deus na Igreja. Daí a importância fundamental, para cada
comunidade cristã, de ser lugar de verdadeira ressonância da
Palavra de Deus. De outra forma, não pode ser suscitadora de
vocações. Tudo isso é importante não apenas para o nascimento de
uma vocação, mas também para a sua perseverança. É difícil uma
vocação perseverar se não há um ambiente em que a Palavra de Deus
ressoe, se não há uma comunidade que a torne ativa, dinâmica,
eficaz.
A
Palavra de Deus, seja ela dirigida ao povo ou a uma só pessoa,
exige, necessariamente, um discernimento: o que devo fazer? Exige uma
escolha: o que me proponho a fazer? Exige uma decisão concreta na
qual a Palavra é acolhida como tal.
É
claro que a Palavra de Deus é onipotente. Nós, porém, a lemos, a
meditamos, a divulgamos, com ela rezamos, mas, depois, não fazemos
certas escolhas. Então, a Palavra transforma-se num câncer,
sufoca-se e torna-se uma grande hipocrisia, justamente porque a
bloqueamos no seu ritmo espontâneo que é de sustentar uma
inteligência; uma escolha, uma decisão.
O que foi dito até agora
são algumas indicações evidentemente genéricas, porém úteis
para se ter um ponto de partida ao qual fazer referência em nossas
reflexões.
De
fato, tudo o que se dirá sobre a vocação deverá sempre referir-se
a essa concepção geral da Palavra de Deus, da sua fenomenologia, da
sua realidade, dos seus níveis de ressonância e da sua dinâmica.
O caminho vocacional através
da história da salvação nos fará refletir sobre a vida como
vocação, algumas vocações individuais no A.T. (Abraão, Moisés,
Samuel), a vocação dos profetas, Cristo e a vocação dos doze
Apóstolos e dos discípulos, a vocação de Paulo e em Paulo, a
vocação de Maria.
LEITURA
Do
Evangelho de Marcos 4,3-8.
“Escutai:
Eis que o semeador saiu a semear. E ao semar, uma parte da semente
caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. Outra parte
caiu em solo pedregoso e, não havendo terra bastante, nasceu logo,
porque não havia terra profunda, mas, ao surgir o sol queimou-se e,
por não ter raiz, secou. Outra parte caiu entre os espinhos, estes
cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. Outras caíram em terra
boa e produziram fruto, subindo e se desenvolvendo, e uma produziu
trinta, outra sessenta e outra cem”.
Acolher
a Palavra significa crer. O homem realiza-se no crer, assim como o
terreno realiza-se no receber a semente. Traduzindo em termos
pastorais: o homem foi feito para acolher a Palavra, o homem é capaz
de acolher a Palavra, o homem frutifica, na medida de sua acolhida da
Palavra, da sua fé. Não se pode forçar o homem ao bem, é inútil
dobrar a sua liberdade com meios externos: apenas da semeadura
abundante da Palavra é que se pode esperar o futuro. De outro lado,
não existe ninguém que seja, de natureza, totalmente impenetrável
em relação à Palavra.
Assim,
vem à luz um elemento simbólico da palavra: a semente. Como diz o
próprio Jesus: “A semente é a Palavra de Deus” (Lc 8,11). A
verdadeira protagonista de toda a história do campo é a Palavra. A
Palavra semeada, a Palavra pisada, a Palavra sufocada, a Palavra
dissipada, a Palavra acolhida e que lança raízes no terreno para
depois semear até produzir cem por um. Essa Palavra não é algo
exterior, apenas colocado ao lado do homem, alguma coisa que ele
possa dispensar. Terreno e semente foram criados um para o outro. Não
tem sentido pensar numa semente sem sua relação com o terreno. E
esse, sem a semente, é um deserto inabitável. Fora da metáfora: o
homem como nós o conhecemos, se corta toda sua relação com a
Palavra, torna-se terra árida, torre de Babel.
Defender
o relacionamento do homem com a Palavra é pois defender simplesmente
o homem, seus espaços de expressividade e de relação autêntica,
os seus horizontes de significação.
Ser
cristão quer dizer ter reconhecido o primado e a importância
fundamental dessa Palavra. Quer dizer reconhecer que ela é ativa
desde a origem do mundo e que nos atinge e nos interpreta a cada
momento de nossa existência humana.
Mas
a Palavra é para o terreno. Sua eficácia manifesta-se não
abstratamente, mas no suscitar, no interpelar, purificar, salvar a
vivência histórica da liberdade humana. A Palavra vai ao encontro
das aspirações do homem, de seus problemas, de seus pecados, de seu
desejo de salvação, de suas realizações no campo pessoal e
social.
Assim,
a verdadeira protagonista da ação pastoral é a Palavra: toda a
história do caminho pastoral de uma comunidade é a história não
tanto das suas realizações exteriores, dos seus encontros, dos seus
congressos, das suas procissões ou das suas iniciativas, mas da
semeadura abundante e contínua da Palavra e do cuidado para que essa
Palavra encontre as condições para ser acolhida.
Quem
é essa Palavra? Há quem tenha dificuldade em compreender essa
linguagem, porque diz que é preciso falar só de Jesus e não da
Palavra. Estou de acordo, se entendemos Jesus como Palavra “a
Palavra que se fez homem e que fez sua morada no meio de nós”, e
se levamos em conta que essa Palavra foi preparada e anunciada pelas
palavras dos profetas, ressonada nas palavras dos evangelistas e dos
Apostólos, torna-se presente na palavra da Igreja, seja no anúncio
e no magistério como na celebração litúrgica.
A
centralidade e a unicidade de Jesus Cristo é, de fato, também a
“singularidade”de Jesus Cristo, isto é, o seu ser e não um
ideal religioso qualquer, ainda que elevadíssimo; não uma
personalidade profética genérica, mas “este Jesus que vós
matastes e que ressuscitou dos mortos”. (cf. At. 2,23-32).
É
esse Jesus crucificado e ressuscitado que está presente na liturgia
eucarística e alimenta os fiéis com seu corpo e sangue. Falar desse
Jesus quer dizer fazer referência ao Jesus que não podemos
conhecer, a não ser pela pregação e pela palavra da Igreja, que se
apóia e se refere à pregação do Novo Testamento, às palavras e
aos gestos de Jesus, narrados pelos evangelhos, às palavras de toda
a Escritura que o anunciam e o explicam. O que você conhece de Jesus
Cristo, você que se diz talvez “cristão praticamente” e nunca
nem leu a fundo os Evangelhos, não faz deles objeto de sua meditação
cotidiana, não aprendeu ainda o método da “lectio divina”?
Escute o que lhe diz o Concílio: Todos os cristãos aprendam “a
sublime ciência de Jesus Cristo” através da freqüente leitura
das divinas escrituras. A ignorância das Escrituras é, de fato,
ignorância de Cristo (cf. Dei Verbum n. 25). Não é pois possível
receber Jesus Cristo e deixá-lo fazer-se homem na terra do nosso
coração sem referir-se continuamente à sua Palavra e às palavras
inspiradas que falam dele. Não é preciso separar Jesus da sua
Palavra, nem do seu Corpo e do seu Sangue, assim como não é preciso
separar o Cristo do Pai e do Espírito Santo. Quem tentar tal
separação não tem o Espírito de Jesus. (“Cem palavras de
comunhão” C. M. Martini).
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