segunda-feira, 25 de abril de 2016

A) AGENTES E ELEMENTOS DA FORMAÇÃO

B-1) Aprender uns dos outros: Cada um é, ao mesmo tempo, mestre e discípulo.
B-2) Troca de experiências com todos os integrantes da fraternidade.
B-3) Leitura e meditação da Palavra de Deus. Utilizar-se da lectio divina, sempre que possível.
B-4) A oração em comum: A oração é outro fator de formação. Na oração em comum, a pessoa afirma a fé e enriquece sua noção de valores, aprende a atitude orante e a maneira de canalizar e exprimir suas emoções. A Eucaristia e a Liturgia das Horas devem entender-se como oração comunitária também porque supõem a pertença à comunidade eclesial.
B-5) Fração comunitária do Pão: A oração que mostra sua atitude de adoração permanente ao Mistério de Amor presente na Eucaristia "Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as igrejas que existem no mundo, porque pela vossa Santa cruz remistes o mundo".
As mesmas atitudes são encontradas em Clara: centralidade da Eucaristia, fé e holocausto na comunhão, veneração pela Palavra. Sabemos como Clara recorre à Eucaristia para livrar-se e livrar a suas irmãs dos sitiadores de Assis. Na celebração eucarística elas reforçam a unidade na caridade recíproca.
Francisco considera que o que recebe o Corpo e o Sangue do Senhor deve esforçar-se para reconquistar a dignidade original de seu corpo, fazendo seus os Sentimentos de Cristo, que na Eucaristia reconcilia e pacifica todas as coisas.
A Eucaristia é, portanto, o centro da vida de todos os que vivem o Evangelho, das irmãs da Pequena Família Franciscana em particular e em geral de todos os que professam a Regra: "Participem da vida sacramental da Igreja, principalmente da Eucaristia... revivendo assim os mistérios da vida de Cristo” (Regra, 8).
B - 6) A mútua correção fraterna: Um importante instrumento de formação, além do que já citamos é a correção fraterna. Necessária e possível mediante a aceitação de que o cristão se dispõe a constante conversão evangélica. Atitudes fingidas, juízos falsos, mentiras, desrespeito, preconceitos podem ocorrer numa fraternidade. A correção fraterna poderá transformá-los em excelentes fatores formativos. Mas, isto só será possível numa atmosfera de confiança recíproca que encoraja e constrói.
B - 7) Os pobres como mestres: Só os pobres revelam as profundezas da pessoa humana. Esta convicção há de ser fundamental para nós, experiência determinante na vida de Francisco e Clara. A formação não pode ser autêntica, se não levar em conta o contexto dos pobres.
C – AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO
A avaliação consiste na verificação do alcance dos objetivos gerais e específicos para cada etapa.
Não é um critério saudável para a passagem de uma etapa a outra, de um ano a outro de formação, a mera passagem do tempo; o que deve avaliar-se é a aprendizagem  alcançada, tanto a nível de conhecimentos, como de atitudes desejáveis.
A avaliação feita sob a luz do Espírito Santo e em espírito de oração é uma tarefa conjunta realizada pela própria irmã avaliada e o Conselho de Grupo, com o apoio do Assistente.
O método de avaliação deve evitar toda forma de protecionismo ou de excessiva maternidade, porque isto é um obstáculo para alcançar a plena maturidade na vocação.
D – CONCLUSÃO
Dado que a formação deve abarcar toda a vida, como já dissemos, é necessário, por isso, garantir uma relação entre a Formação Inicial e a Formação Permanente. Ambas devem estar estreitamente unidas em um plano global de formação.
A Formação Permanente deve ter em vista a pessoa da irmã, em sua realidade concreta e em todas suas dimensões (corporal, intelectual, afetiva, espiritual e profissional). Ela é a responsável última e decisiva de sua formação.
A fraternidade é o lugar onde se compartilha a vida e a fé das irmãs e é também o centro do testemunho evangélico; deve ser o primeiro motivador para a Formação Permanente.
Para adaptar a Formação Permanente às necessidades das irmãs a mesma deve ser posta em prática com grande flexibilidade, tendo em conta os casos concretos.
Para uma maior eficácia da Formação Permanente, é necessário estabelecer um mínimo de planejamento que comprometa ao maior número possível de irmãs.
A programação três critérios têm uma particular importância e devem ser tidos devidamente em conta:
o   a primazia do carisma franciscano da PFF;
o   a centralidade da pessoa humana;
o   a realidade concreta de cada irmã.
A nível pessoal de cada irmã, propomos:
§  leitura, estudo e meditação, em espírito de oração e devoção, da Bíblia, das Fontes Franciscanas, dos Documentos da Igreja e do Instituto;
§  projeto pessoal de Formação Permanente;
§  vivência da opção preferencial pelos pobres;
§  atualização profissional;
§  tempo para espairecer e recreação;
§  encontros e diálogos com as responsáveis e outras irmãs;
§  participação ativa nos programas e equipes de Formação Permanente.
É muito positivo o intercâmbio com os programas de formação de outros Institutos Seculares.
Cabe sublinhar que a responsabilidade da irmã como agente de formação não se limita somente a sua pessoa; cada uma tem a responsabilidade de animar e estimular as demais irmãs, de modo que não descuidem a própria formação.
São Paulo, 15 de março de 2016.
            Trabalho organizado por:  Dolores Margarida Ferreira e Maria Aparecida Crepaldi

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