B-2) Troca de experiências com todos os integrantes da fraternidade.
B-3) Leitura e meditação da Palavra de Deus.
Utilizar-se da lectio divina, sempre que possível.
B-4) A oração em comum: A oração é outro fator de
formação. Na oração em comum, a pessoa afirma a fé e enriquece sua noção de
valores, aprende a atitude orante e a maneira de canalizar e exprimir suas
emoções. A Eucaristia e a Liturgia das Horas devem entender-se como oração
comunitária também porque supõem a pertença à comunidade eclesial.
B-5) Fração comunitária do Pão: A oração que mostra sua atitude de adoração permanente ao Mistério de Amor
presente na Eucaristia "Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em
todas as igrejas que existem no mundo, porque pela vossa Santa cruz remistes o
mundo".
As mesmas atitudes são encontradas em Clara: centralidade da Eucaristia, fé
e holocausto na comunhão, veneração pela Palavra. Sabemos como Clara recorre à
Eucaristia para livrar-se e livrar a suas irmãs dos sitiadores de Assis. Na
celebração eucarística elas reforçam a unidade na caridade recíproca.
Francisco considera que o que recebe o Corpo e o Sangue do Senhor deve
esforçar-se para reconquistar a dignidade original de seu corpo, fazendo seus
os Sentimentos de Cristo, que na Eucaristia reconcilia e pacifica todas as
coisas.
A Eucaristia é, portanto, o centro da vida de todos os que vivem o
Evangelho, das irmãs da Pequena Família Franciscana em particular e em geral de
todos os que professam a Regra: "Participem
da vida sacramental da Igreja, principalmente da Eucaristia... revivendo assim
os mistérios da vida de Cristo” (Regra, 8).
B - 6) A mútua correção fraterna: Um importante
instrumento de formação, além do que já citamos é a correção fraterna.
Necessária e possível mediante a aceitação de que o cristão se dispõe a
constante conversão evangélica. Atitudes fingidas, juízos falsos, mentiras,
desrespeito, preconceitos podem ocorrer numa fraternidade. A correção fraterna
poderá transformá-los em excelentes fatores formativos. Mas, isto só será
possível numa atmosfera de confiança recíproca que encoraja e constrói.
B - 7) Os pobres como mestres: Só os pobres revelam as
profundezas da pessoa humana. Esta convicção há de ser fundamental para nós,
experiência determinante na vida de Francisco e Clara. A formação não pode ser
autêntica, se não levar em conta o contexto dos pobres.
C – AVALIAÇÃO DA
FORMAÇÃO
A avaliação
consiste na verificação do alcance dos objetivos gerais e específicos para cada
etapa.
Não é um critério
saudável para a passagem de uma etapa a outra, de um ano a outro de formação, a
mera passagem do tempo; o que deve avaliar-se é a aprendizagem alcançada, tanto a nível de conhecimentos,
como de atitudes desejáveis.
A avaliação feita
sob a luz do Espírito Santo e em espírito de oração é uma tarefa conjunta
realizada pela própria irmã avaliada e o Conselho de Grupo, com o apoio do
Assistente.
O método de
avaliação deve evitar toda forma de protecionismo ou de excessiva maternidade,
porque isto é um obstáculo para alcançar a plena maturidade na vocação.
D – CONCLUSÃO
Dado que a
formação deve abarcar toda a vida, como já dissemos, é necessário, por isso,
garantir uma relação entre a Formação Inicial e a Formação Permanente. Ambas
devem estar estreitamente unidas em um plano global de formação.
A Formação
Permanente deve ter em vista a pessoa da irmã, em sua realidade concreta e em
todas suas dimensões (corporal, intelectual, afetiva, espiritual e
profissional). Ela é a responsável última e decisiva de sua formação.
A fraternidade é o
lugar onde se compartilha a vida e a fé das irmãs e é também o centro do
testemunho evangélico; deve ser o primeiro
motivador para a Formação Permanente.
Para adaptar a
Formação Permanente às necessidades das irmãs a mesma deve ser posta em prática
com grande flexibilidade, tendo em conta os casos concretos.
Para uma maior
eficácia da Formação Permanente, é necessário estabelecer um mínimo de
planejamento que comprometa ao maior número possível de irmãs.
A programação três critérios têm uma particular
importância e devem ser tidos devidamente em conta:
o
a
primazia do carisma franciscano da PFF;
o
a
centralidade da pessoa humana;
o
a
realidade concreta de cada irmã.
A nível pessoal de cada irmã,
propomos:
§ leitura, estudo e meditação,
em espírito de oração e devoção, da Bíblia, das Fontes Franciscanas, dos
Documentos da Igreja e do Instituto;
§ projeto pessoal de Formação
Permanente;
§ vivência da opção preferencial
pelos pobres;
§ atualização profissional;
§ tempo para espairecer e
recreação;
§ encontros e diálogos com as
responsáveis e outras irmãs;
§ participação ativa nos
programas e equipes de Formação Permanente.
É muito positivo o intercâmbio com os
programas de formação de outros Institutos Seculares.
Cabe sublinhar que a responsabilidade da irmã como
agente de formação não se limita somente a sua pessoa; cada uma tem a
responsabilidade de animar e estimular as demais irmãs, de modo que não
descuidem a própria formação.
São Paulo, 15 de março de 2016.
Trabalho
organizado por: Dolores Margarida
Ferreira e Maria Aparecida Crepaldi