sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Construção da Vida


CONSELHO REGIONAL
Para quem passou dos 90 anos, precisa lê diariamente com submissão total à Vontade de Deus, esta Mensagem: “Construção da Vida”. Luiza.
 Construção da Vida
 Que Deus não permita que eu perca o Romantismo, mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o Otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera pode não ser tão alegre...
Que eu não perca a Vontade de Viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de Ter Grandes Amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de Ajudar as Pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda...
Que eu não perca o Equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não peca a Vontade de Amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo não pode sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a Luz e o Brilho no Olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a Garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca o Sentimento de Justiça, mesmo sabendo que o prejudicado pode ser eu...
Que eu não perca o meu Forte Abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a Beleza e Alegria de Ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o Amor da Minha Família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de Doar Este Enorme Amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de Ser Grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...Que eu jamais me esqueça que Deus Me Ama Infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...
A Vida é Construída nos Sonhos e Concretizada no Amor.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PFF–Onde estamos



INSTITUTO SECULAR P. F. F.
I  EXPOSIÇÃO DOS CARISMAS:
“TODOS TÊM UMA VOCAÇÃO. QUAL É A SUA?”
Local: Igreja Matriz São Francisco das Chagas
Bacabal Maranhão - Brasil

 O que é a Pequena Família Franciscana?
A PFF é um Instituto Secular para a aquisição da perfeição cristã
2 – Que são os Institutos Seculares?
São formas de vida religiosa – reconhecida juridicamente pela Igreja para almas que, embora vivendo no mundo, se comprometem a seguir fielmente os conselhos Evangélicos, a praticar os votos da caridade e do apostolado.

Para atrair os visitantes foi expostos vários banes e materiais didáticos contendo informes sobre a PFF e a espiritualidade franciscana. Cada visitante escolhia um peixe ou barco e retirava o bilhetinho oculto no mesmo, lia e comentava sobre o tema. Isto atraiu adulto e crianças. Foi tão importante que as crianças tomaram conta do estande para incentivar os adultos a descobrirem as mensagens e no final elas perguntavam o que tinham entendido.


Onde estamos?
A dinâmica utilizada para encontrar o país onde esta a PFF, foi colocado no mural ONDE ESTAMOS e os CONTINTNTES, as bandeirinhas para o visitante descobrir em que continente estava o País.











O nosso Provincial Frei João Muniz assinando o livro de visita

BAIXAR TUDO

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

“É preciso avivar o passo… e o coração.”


Texto retirado do documento final do CP que teve como lema “É preciso avivar o passo… seguindo a caminho”. para que possamos estar sempre buscando a formação sem nos afastarmos do ponto de partida: “Viver a vida de união com Deus na cela da alma e no meio do mundo”
assuntos a tratar no âmbito formativo serão:
  • a Afetividade na Vida Consagrada Secular;
  • a formação francisclareana;
  • a Palavra que nos guiará será aquela de “…onde está teu tesouro aí está teu coração”.
VIDA FRATERNA:
  • Encontros informais nos quais se possa simplesmente estar juntas, para ver-se, comunicar-se, crescer no conhecimento recíproco e na caridade fraterna.
  • Cada uma de nós se compromete a conscientizar a si mesma e as demais para um uso mais eficiente dos meios eletrônicos de comunicação;
  • Revitalizar a Fraternidade e fortalecer os laços com o Grupo para que ele mesmo não seja uma realidade distante, ainda que geograficamente o esteja.

GOVERNO:
  • Queremos uma única pessoa para manter a comunicação e que nos acompanhe, que seja Conselheira de língua espanhola;
  • Que cada governo que termina, antes de deixar o serviço capacite a que venha;
  • Fazer um elenco com o curriculum vitae/historia de cada Irmã disponivel a ser votada;
  • Mudar a palavra “delegada” para ANIMADORA.
FORMAÇÃO:
  • Dentro de nossa formação queremos que estejam presentes elementos/instrumentos psicológicos que ajudem na hora de fazer o discernimento das novas vocações;
  • Dentro de nossa formação queremos que esteja presente a capacitação para desenvolver dinamicamente um encontro;
  • Fortalecer a formação francisclareana e cada uma busque a nivel local a formação que tenha perto;
  • Seguir usando o Itinerario Formativo (antes Manual) como o vínhamos fazendo, porque foi uma contribuição e um suporte;
  • Solicitamos ter um encontro em cada Fraternidade para compreender bem como trabalhar com o Itinerario Formativo, porque há Irmãs que não têm formação docente;
  • Orientar e favorecer o uso comum dos meios multimídia para o trabalho e promoção vocacional.

VIDA FRATERNA:
Para revitalizar a Vida Fraterna é necessario:
Cuidar-se no crescimento da vida interior, para que com as suas atitudes possa testemunhar na Fraternidade, participando inteiramente da vida do Instituto.
Considerar como primeira prioridade a frequencia aos encontros para sustentar a Vocação. Que o tempo das irmãs seja condizente com a necessidade de acolhimento, convivencia e calor humano.
No caso das irmãs que não podem participar por motivo de doença, idade avançada ou necessidades especiais, deve-se visitar, enviar correspondencia mostrando a elas que não estão abandonadas.

FORMAÇÃO PERMANENTE E INICIAL:
Para melhorar a Formação Permanente, a diferenciação por idade é feita conforme a exigencia das capacidades de cada irmã, mas em nossa realidade notamos que, quanto mais idosa é a irmã, mais ela tem sede de receber os conteúdos. Depende, portanto, do bom senso da Formadora, em dosar o quanto as irmãs podem receber.
A Formação inicial centralizada – achamos que foi de bom proveito, mesmo levando em conta as diferenças econômicas, tempo e distâncias – achamos que deve continuar – trouxe bons frutos, porque todas recebem o mesmo conteúdo que achamos excelente (poderá ser mais sintetizado).
Propomos para melhor eficacia, que o acompanhamento das irmãs em suas varias fases, sejam por meio de contatos frequentes, de coração a coração. Que haja tempo para ouvir, acolher, saber amar - tendo presente o lema: uma por todas e todas por uma.”

GOVERNO:
Discernimento para as próximas Eleições:
a) Orientar as irmãs para que observem nas futuras candidatas aos cargos: o amor ao Instituto, o amor às irmãs, a sua disponibilidade e se é feliz como consagrada;
b) Observar também as aptidões para cada cargo e a boa vontade em servir;
c) O Projeto a ser entregue ao próximo governo deve partir do perfil da Região ou do Grupo;
Esclarecer bem as atividades a serem desenvolvidas em cada Região;
Mostrar as possibilidades de delegar serviços envolvendo todas as irmãs;
Fortalecer as Fraternidades preparando novas lideranças;
Sugerimos que para o futuro se alivie a estrutura do Instituto de modo que, as relações de Governo ocorram entre o CC, o Conselho Regional e as Fraternidades, promovendo após a próxima Assembleia Geral, que se aprove as novas Constituições e se crie a Fraternidade como a primeira instancia (Laboratório).
*** As Conselheiras Regionais nestas condições seriam o elo de ligação entre as Fraternidades e os Regionais. i
Sempre resulta enriquecedor o encontro com as Irmãs, o intercâmbio de experiência e o conhecimento mutuo se bem que o ritmo de trabalho foi intenso.
Inés Maria Dolores
Cau-Deriu Crepaldi Ferreira
Conselheiras Centrais

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Santa Clara de Assis - Um Caminho de Luz


A mãe de Santa Clara contou que, quando estava esperando o seu nascimento foi rezar diante de Jesus Crucificado para pedir um bom parto e ouviu uma voz que lhe dizia: “Não, temas mulher, porque salva vais dar à luz que vai deixar o mundo mais claro!” E foi por isso que ela deu o nome de Clara à sua primeira filha.
Ser mãe é fazer experiência, à primeira vista contraditórias, de dor e de alegria. As dores do parto são das mais intensas que possam ser experimentadas. A alegria, porém que se segue não se compara a nenhuma outra.
Santa Clara não foi mãe no sentido corporal, mas carregou em si o Cristo, seguindo seus passos, e dando à luz a muitas outras vidas: mulheres que foram ao seu encontro, para, através dela, encontrarem o Cristo pobre, crucificado e glorificado. Esta experiência, ela passa a Santa Inês de Praga, em sua terceira Carta.
Refletindo::
...Assim como a gloriosa Virgem das virgens O trouxe materialmente, assim também você, seguindo seus passos, especialmente os da humildade e pobreza, sem dúvida alguma, poderá trazê-lo espiritualmente em um corpo. Casto e virginal. Você vai conter quem pode conter você e todas as coisas, vai possuir algo que, mesmo comparado com as outras posses passageiras deste mundo, será mais fortemente seu.”(3Clm 24-26).
Santa Clara seguiu os passos de Jesus e foi sempre obediente aos seus ensinamentos.
Como vimos Clara já tinha sido prometida a sua mãe como alguém que haveria de deixar a luz mais clara. Mas, de onde ela tirava essa luz que lhe ilumina o rosto?
Clara “era assídua na oração e na contemplação. Quando saía da Oração, seu rosto parecia mais claro e mais bonito que o sol e suas palavras exalavam uma doçura inenarrável tanto que sua vida parecia toda celestial (ProcC IV,4)”.
Diz Tomás de Celano “Clara foi virgem de corpo e puríssima perfeição; jovem em idade, mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus, rica em sabedoria, sobressaiu na humildade. Foi clara de nome, mas clara por sua vida e claríssima em suas virtudes (ICel 18)”.
A contemplação transformou Santa Clara, fazendo com que realizasse nela o que foi dito por Jesus e foi registrado para nós por São Mateus e São Lucas:
A lâmpada do corpo é o olho. Se o teu olho é sadio, o corpo inteiro fica iluminado (Mt 6,22)” - ”Se o seu corpo inteiro está iluminado, sem nenhuma parte escura, ele será todo luminoso, como quando a lâmpada ilumina você com o seu clarão (Lc 11,36)”.
João Paulo II, em um magnífico discurso às Clarissas de Assis, disse:
Francisco via assim a sua irmã: ele via a si mesmo na imagem dela, imagem de Cristo, em que via retratada a santidade que devia imitar; via a si mesmo como um irmão, um pobrezinho à imagem da santidade desta esposa autêntica de Cristo em que encontrava a imagem da Esposa perfeitíssima do Espírito Santo, Maria Santíssima... São Francisco descobriu Deus uma vez, mas depois voltou a descobri-lo com Clara ao seu lado. Em nossa época é necessário repetir a descoberta de Santa Clara, porque é importante para a vida da Igreja”.
Maria Sticco, biografa de São Francisco, contou esta lenda:
Uma vez, voltando de Perusa com Frei Leão, São Francisco parou para tomar água numa fonte e disse:
- Frei Leão, cordeirinho de Deus, sabes o que vejo no espelho da água?
- A lua que surge, pai, respondeu Frei Leão.
- Não, vejo o rosto da irmã Clara, puro e resplandecente qual o de quem vive na perfeita graça do Senhor.
E retornou depressa o caminho, louvando a Deus que lhe enviara sóror Clara e lhe dera aquela consolação”.
Vejamos o Trecho da Bula de canonização de Santa Clara, publicada pelo Papa Alexandre IV, que canonizou a Santa em Anagni a 15/8/1255.
Ó admirável clareza da bem-aventurada Clara, que quanto mais diligentemente é buscada em pontos particulares mais esplendidamente é encontrada em tudo. Brilhou no século e resplandeceu na religião. Em casa foi luminosa como um raio, no claustro teve o clarão de um relâmpago! Brilhou na vida, irradia depois da morte. Foi clara na terra e reluz no céu! Como é grande a veemência de sua luz e como é veemente a iluminação de sua claridade”.
Que Santa Clara, mãe de todas as Clarissas e dotada de tantos títulos de claridade, nos ajude a sermos luz no caminho de nossos irmãos e irmãs e que ilumine os passos de todos aqueles que buscam claridade.
E assim seja.
Fontes Franciscanas
Contribuição de Luiza Telles

Santa Clara de Assis – Uma Vida Transparente


O mundo recebeu de Clara um claro espelho de exemplo: por entre os prazeres celestiais, ela oferece o lírio suave da virgindade. E na terra, sentem-se os remédios manifestos do seu auxilio (BulC 3)”.
Existe um objeto mais feminino do que um espelho?
Quase todas as mulheres carregam um espelho na bolsa. Mas o principio do espelho de que fala Clara é algo profundo, misto de terra e céus. É olhar a pessoa humana e enxergar Cristo, o Divino.
O texto que ouviremos a seguir é da quarta Carta de Clara a Inês de Praga:
Olhe dentro desse espelho todos os dias, ó rainha, esposa de Jesus Cristo, e espelhe nele, sem cessar, o seu rosto, para enfeitar-se toda, interior e exteriormente, vestida e cingida de variedade, ornada também com flores e roupas das virtudes, ó filha e esposa caríssima do santo Rei. Pois, nesse espelho, resplandecem a bem-aventurada pobreza, a santa humildade e a inefável caridade, como, nele inteiro você vai poder contemplar com a graça de Deus. Preste atenção no principio do espelho: a pobreza daquele que, envolto em panos, foi posto no presépio. Admirável humildade, estupenda pobreza. O Rei dos anjos repousa numa manjedoura. No meio do espelho, considere a humildade, ou pelo menos a bem-aventurada pobreza, as fadigas e as penas que suportou pela redenção do gênero humano. E, no fim desse mesmo espelho contemple a caridade inefável com que quis padecer no lenho da cruz e nela morrer mais vergonhosa”(4Ctln 15-23).
O espelho insere-se no conjunto da simbólica francisclariano, que é muito rica e diversificada. Esse termo “espelho” ocorre 12 vezes nos escritos de Clara de Assis – na terceira e quarta Carta a Inês de Praga e em seu Testamento, percebe-se aí que o tema do espelho não é algo passageiro, próprio de um momento da vida de Clara, mas um aspecto importante em sua espiritualidade.
Esse espelho em que Clara cita em suas Cartas refere-se a Jesus Cristo – pobre. Clara Põe em relevo também a dimensão de testemunho da vocação cristã. Ela mesma e suas irmãs foram colocadas como “espelho” não só para outras mulheres que desejavam seguir Jesus Cristo, mas também para o mundo.
Clara diz em suas Cartas a Inês de Praga que a contemplação do espelho transforma a pessoa na imagem contemplada, pois não é nenhum privilégio, mas uma graça e um compromisso missionário.
Ser espelho de Cristo, na visão clariana, significa assumir o mesmo projeto de vida e compartilhar o mesmo destino daquele que foi à frente e que está adiante.
O testemunho clariano mais forte e eloqüente é a própria forma de vida praticada em São Damião.
A vivência da pobreza na forma da não-propriedade e a prática da irmandade sem hierarquias, preconceitos e exclusões falaram à sociedade e à Igreja da época.
De fato, o testemunho de vida é o mais forte dos argumentos para defender um projeto ou uma proposta. Por isso, pode-se dizer de Clara o que foi dito da mulher samaritana: muitos creram nEle por causa do testemunho dela! (cf. Jo 4,39)
Clara disse que, na Cruz, Jesus Espelho pediu que olhássemos se havia dor semelhante à dele. “Vou me lembrar para sempre e minha alma vai desfalecer em mim. (4Ctln 26)”.
Foi por isso que Clara tornou-se espelho luminoso: o seu rosto transformou-se diante de Jesus que ela contemplou. E queria que todas as Irmãs tivessem consciência disso.
Como diz São Boa Ventura: “Nós precisamos entrar na verdade de Deus, isto é, precisamos retirar-nos no interior de nossa mente, que é imagem perene e espiritual de Deus e se encontra dentro de nós”.


Que Santa Clara nos mostre seu Espelho, para que possamos enxergar a sua Imagem Cristalina e aprendamos a cultivar no hoje e no amanhã a ternura de vida em Cristo, e assim saibamos desejar aos irmãos e irmãs a Paz e o Bem!
E Assim seja!


Fontes Franciscanas
Contribuição de Luiza Telles
2º dia do Tríduo de Santa Clara
10/08/2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Santa Clara de Assis – E o Ponto de Partida


Santa Clara nasceu em Assis, na mesma cidade de Francisco, no ano 1194, 12 anos depois de Francisco (1182). Ela era de família rica e nobre, diferente de Francisco que era rico mais não era nobre. Toda a família era muito religiosa e ajudava bastante aos pobres.
Quando tinha dezoito anos, Santa Clara deixou tudo para seguir Jesus Cristo pobre, querendo ser como ele: não ser dona de nada.
E foi assim que ela, com algumas companheiras, ligou-se ao Movimento Franciscano, que estava começando o caminho de pobreza.

Passamos ao tema de hoje:

Na segunda Carta a Inês de Prega, Santa Clara fez uma exortação premente: “Não perca de vista seu ponto de partida” (2Ctln 11).

“...Lembre-se da sua decisão como uma segunda Raquel. Não perca de vista seu ponto de partida, conserve o que você tem, faça o que está fazendo e não deixe mas, em rápida corrida, com passo ligeiro e pé seguro, de modo que seus passos nem recolham a poeira, confiante e alegre, avance com cuidado pelo caminho da bem-aventurança. Não confie em ninguém, não consinta com nada que queira afastá-la desse propósito, que seja tropeço no caminho, para não cumprir seus votos ao altíssimo na perfeição em que o Espírito do Senhor a chamou.” (2Clm 11-14).

Para entender toda a força do que ela quis dizer, é preciso ter em conta que essa carta era uma resposta a uma questão também premente de Inês sobre o que deveria fazer diante de uma ordem recebida do Papa para que tivesse propriedades. Para Clara, não era uma questão simples. Para ela, não querer ter propriedade não era uma leviandade: estava no núcleo de seu compromisso de amor pessoal com Jesus Cristo.

Alguns anos antes, quando o Papa Gregório IX quisera forçá-la a ter propriedades e chegara a dizer: “Se o seu problema é o voto de pobreza, você sabe que eu sou o Papa e posso dispensá-la, ela dissera com firmeza: - “Não me dispense de seguir o meu Senhor Jesus Cristo!”.

Não se tratava de nenhum voto formal de pobreza, mas de viver como Jesus, de ter “os mesmos sentimentos de Jesus, que não se achou grande por ser Deus: pelo contrário esvaziou-se até ser encontrado como um servo, como um de nós, para nos salvar”.(df, Fl 2).

Mas o que é este ponto de partida?
Ponto de partida é o início, o ponto fecundante da vocação que cada qual recebeu do Senhor, o ponto em que a inspiração divina flechou com a flecha do amor o seu coração para dedicar-se a vida inteira no serviço ao Senhor.

Clara de Assis viveu intensamente a vocação que lhe foi dado por Deus, primeiramente a vocação a vida, e depois a vocação que desejou ardentemente abraçar, a vocação a vida religiosa. Portanto esvaziou-se de tudo.
A seu exemplo muitas outras moças inspiradas pelo Senhor aspiravam seguir os passos de Santa Clara. Clara foi para sua época um luzeiro, o qual atraiu para Cristo muita gente de boa vontade.

Seguir Jesus Cristo no modo da vida religiosa, como o fez Santa Clara, é reservado para poucos, porque exige um esforço imenso, esforço este que deve conduzir o ser humano a abraçar a vida fraterna. E, por isso, Clara de Assis é para nós um modelo de fidelidade. Clara durante toda a sua vida foi fiel a proposta evangélica e por esta proposta lutou a vida toda.

Clara de Assis lutou muito para viver o evangelho radicalmente, e por isso foi preciso travar uma luta consigo mesmo, com suas irmãs e para com as autoridades eclesiásticas, as quais desejavam que ela vivesse a regra que eles propunham. Clara foi forte e fiel ao Evangelho, foi radical em sua escolha por viver a pobreza radical.

Clara ensina-nos que seguir o santo Evangelho significa nunca perder o ponto de partida. Para todo cristão o ponto de partida é o Batismo, para aqueles que seguem a vida religiosa o ponto de partida é o doce toque do chamamento. Este chamamento para muitos pode ter sido um hábito, um sinal, uma cruz, um sonho, ou qualquer outra coisa que possamos imaginar. O toque originário, aquele que nos motivou a querer saber mais sobre a vocação é justamente este toque que é o ponto de partida.

Clara de estipe nobre abraçou o Cristo Pobre e não perdeu de vista seu ponto de partida.

E é esse recado que hoje Clara nos passa que nunca se perca de vista o nosso ponto de partida.

E assim seja.

Fontes Franciscanas
Contribuição de Luiza Telles
Tríduo de Santa Clara
09/08/2012
Muito obrigada Lluiza Teles e Peinha pela dedicação e compromisso com a PFF.
 Vamos dar as mãos e orar muito pelas nossas irmãs da Pequena Familia Franciscana.


Vamos pensar um pouco?

O CORPO não é composto de um só membro, mas de muitos.


Se o PÉ disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo.





E se o OUVIDO  disser: "Porque não sou olho,
não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. 

 


Se todo o corpo fosse OLHO, onde estaria a AUDIÇÃO? Se todo o corpo  fosse ouvido, onde estaria o OLFATO?

De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Assim, há muitos membros, mas um só corpo. 



O olho não pode dizer à MÃO: "Não preciso de você! " Nem a cabeça 
pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! " 

Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta,a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros.

Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele.

Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.
Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.

São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Têm todos o dom de realizar milagres?

Têm todos dons de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam?
Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.

1 Coríntios 12:14-31