Agora estamos em crise. Mas estamos
seguras de que justamente esta nossa fraqueza e fragilidade não sejam o sinal
da graça que Deus hoje nos está oferecendo? Sim, eu penso que este seja para nós
um tempo de graça.
Mas os pensamentos de Deus, nos recorda
Isaías, não são os nossos. E as suas estradas são diferentes daquela sobre a
qual movíamos os nossos passos.
Na fidelidade à nossa vocação devemos
nos perguntar como ser fiéis hoje ao nosso carisma. Não nos alcance a tristeza,
a resignação, o desconforto.
A experiência do limite é a experiência
humana de ser criatura, saída da mão providencial de Deus, sustentada pelo seu
sopro vital.
A consciência do limite nos permite
conservar um olhar de espanto e de admiração.
Estou convencida de que como consagradas
devemos cultivar este sentido do limite. Todavia, corremos o risco de ser destruídas
pelo fazer. Diminuindo como número, aumentam para nós os encargos e as
incumbências. O sentido do limite nos deve fazer considerar atentamente a
sustentabilidade daquilo que humanamente podemos ainda fazer e daquilo que
devemos abandonar.
Tempo de graça. Porque Deus está me
perguntando: Assunta, mas tu tens mesmo me escolhido, ou te estás deixando
fascinar por tantas outras coisas? Tens querido mesmo se colocar ao seguimento
do meu Filho, ou estás deslumbrada por tantos outros ídolos? Mas o teu amor por
mim, até onde é capaz de chegar?
É necessário ter em vista a qualidade da
nossa vida de consagradas, não somente a quantidade e isto deve distingui-la e
dar sentido a ela. É urgente para nós tornar a abrir-nos ao mistério de Cristo
Senhor.
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