sábado, 27 de dezembro de 2014

Decreto sobre indulgências plenárias para o Ano da Vida Consagrada



O Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário Maior da Santa Sé, emitiu o decreto no qual se prescrevem as condições pelas quais se concedem por vontade do Papa Francisco as Indulgências Plenárias por ocasião do Ano da Vida Consagrada. Esta indulgência está vinculada às celebrações especiais em Roma e nas Dioceses particulares e à oração da Liturgia das Horas.

A graça concedida pretende “ampliar a renovação dos institutos religiosos, sempre com a maior fidelidade ao carisma do Fundador” e busca dar “aos fiéis de todo o mundo uma ocasião alegre de confirmar a Esperança, a Fé e a Caridade em comunhão com a Santa Igreja Romana”, segundo afirma o decreto. As disposições estão vigentes a partir do último domingo, 30 de novembro de 2014, Primeiro Domingo do Advento, até o dia 02 de fevereiro de 2016, dia do encerramento do Ano da Vida Consagrada.

As condições dadas são: Participar em Roma dos Encontros Internacionais estabelecidos pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, além de dedicar “uma razoável quantidade de tempo a pensamentos piedosos, concluindo com o Pai Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legitimamente aprovada, e piedosas invocações à Virgem Maria”, estabelece o documento.

Além da possibilidade de ganhar a indulgência em Roma, nas Igrejas Particulares (Dioceses) de todo o mundo, os fiéis poderão ganhar a indulgência “nos dias diocesanos dedicados à vida consagrada e nas celebrações diocesanas programadas para o Ano da Vida Consagrada”, com a condição de visitar com piedade a Catedral ou o lugar especialmente determinado pelo Bispo, uma igreja conventual, ou o oratório de um Mosteiro de Clausura. Nestes lugares os fiéis devem “recitar publicamente a Liturgia das Horas ou, por uma quantidade razoável de tempo, dedicar-se a piedosos pensamentos, concluindo com o Pai Nosso, a Profissão da Fé em qualquer forma legitimamente aprovada, e piedosas invocações à Virgem Maria”, da mesma maneira descrita para os fiéis em Roma.

Finalmente, a Penitenciária Apostólica definiu que para os membros dos Institutos de Vida Consagrada que se encontrem enfermos ou não possam visitar estes lugares por causa grave seja possível obter a Indulgência Plenária se “com completo desprendimento de qualquer pecado e com a intenção de cumprir logo que seja possível as três condições usuais, realizem uma visita espiritual com profundo desejo e ofereçam as enfermidades e dores de sua própria vida a Deus Misericordioso através de Maria, com o acréscimo das orações indicadas anteriormente”.

A obtenção da Indulgência Plenária, além destas condições especiais pela celebração do Ano da Vida Consagrada, está condicionada pelos requisitos usuais destas indulgências: Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre.
                                                                                                           
                                                                                                          Por Gaudium Press

Tríduo dos 10 anos de PPI no Brasil

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Maria, Mãe da Igreja, e Estrela da Evangelização alcancem-nos a graça da perseverança, nesta vida de comunhão com Deus e com os irmãos. Amém


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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Paz e bem a todas



Neste dia tão especial em que recordamos  o amor infinito de Deus por cada ser humano e o Seu desejo de salvar toda humanidade, quero louvar por este também ser o dia de oração por nossa
Pequena Família Franciscana escolhido pela Região Nordeste. Sua missão no mundo é revelar o rosto amoroso do nosso Deus que nos amou de tal modo a ponto de entregar Seu filho para morrer por nós. Como é lindo recordar a vinda de Cristo que se se fez tão pequeno e quis habitar em nosso meio, para nos lembrar que os humildes, ou seja, aqueles que sabem amar de verdade e viver o amor que deve nos levar ao serviço, são dignos da vida eterna.
Nossa vida deve ser de doação com amor e com zelo, servindo a nossa Pequena Família, aos irmãos, em especial aos que mais sofrem, às nossas comunidades que esperam de nós uma palavra, um gesto de amor fraterno. Pesssoas que estão sedentas e desejam encontrar em nós, o Cristo que ama, acolhe e sabe colocar-se a serviço. Bendito seja o Senhor por ter nos chamado para tão grandiosa missão, que é fazer crescer o Seu reino de amor, justiça e paz que possamos começar dentro das nossas fraternidades, assim a PFF continuará irradiando a luz de Cristo que deve brilhar com toda beleza e esplendor em cada uma de nós. Sempre que celebramos o natal de Jesus, vem em nós o desejo de viver um novo ano com paz. Por isso, quero trazer presente os votos de um  2015 cheio de paz e harmonia na vossa vida e na vida das vossas famílias. Que o ano que iremos vivenciar possa nos ajudar a permanecer firmes em nossos projetos de crescer sempre mais na vida de união com Deus e com os nossos irmãos e irmãs.
Um abraço cheio de ternura de vossa irmã
Liliane Alves da Silva

sábado, 20 de dezembro de 2014

Frei Juvenal Bomfim

FREI JUVENAL: ALGUÉM QUE PASSOU POR ESTA VIDA FAZENDO O BEM



Frei Juvenal começou a caminhar com a Pequena Família Franciscana - Fraternidade Santa Maria dos Anjos, antes chamada de Grupo de Garanhuns – por volta do ano de 1982. Acolheu no Recanto Franciscano Nossa Senhora de Guadalupe, situado no Sitio Cruz, as irmãs do grupo de Garanhuns. Foram mais de trinta anos de assistência, sem esperar nada em troca, aos poucos ele foi convidando outras irmãs. Ao encontrar uma jovem que demonstrava sinais de vocação religiosa, Frei Juvenal aproximava-se e a convidava para a Pequena Família Franciscana. Foi assim que ele contribuiu para o crescimento da fraternidade.
Um dia quando estávamos tomando café, Frei Juvenal começou a falar da PFF. Fez logo o convite, naquele instante não aceitei, porém depois comecei a refletir se, de fato, a minha vocação era para o casamento. Conversei com ele e novamente fui convidada por ele para pertencer a PFF. Neste dia, Frei Juvenal contou-me a história da sua irmã Judith Bomfim e convidou-me para um encontro do grupo de Garanhuns que estava previsto para o final da semana. Recordo-me até hoje a alegria que o encontrei quando cheguei a sua casa. Partimos, então, para Garanhuns e no dia 13/03/2004 conheci o grupo.  Sempre percebi um grande entusiasmo presente no Frei Juvenal quando estava se preparando para participar dos encontros da PFF. Seu entusiasmo contagiou-me e passei a sentir junto com a alegria de encontrar com as minhas irmãs.
O meu batismo foi celebrado por Frei Juvenal. Ele ajudou-me a retornar aos caminhos do Senhor, convidou-me para pertencer a Pequena Família Franciscana, celebrou a minha entrada no Instituto, celebrou a minha consagração com muita alegria e muito mais contente ele ficou no dia em que celebrou a minha Incorporação definitiva.
Ele foi um pai cuidadoso e cheio de amor para com cada uma de suas filhas espirituais. Sempre chegava cedo aos nossos encontros, conversava com cada uma das irmãs, e escutava o que elas tinham para partilhar. Ele sempre vinha preparado para celebrar a eucaristia, momento que era vivido por nós como um instante de graça muito grande. Se alguma das irmãs deixava de participar dos encontros, ele ligava ou, até mesmo, escrevia uma carta querendo saber o porquê da ausência delas nos encontros. Quando percebia que uma das irmãs estava desanimada ele procurava conversar com ela. 
Cada momento que convivemos com ele, aprendemos muito. Ele sempre falava sobre a necessidade da oração e do silêncio para continuarmos perseverantes nos caminhos do Senhor. Sua presença enchia nosso coração de alegria, por sabermos que tínhamos um assistente espiritual tão dedicado.
Quando sua irmã Judith Bomfim faleceu, seus cuidados com a nossa fraternidade aumentaram ainda mais, pois ele desejava atender ao pedido feito por sua irmã antes de partir para a casa do Pai, em que ele prometeu que continuaria cuidando da PFF. Realmente, ele dedicou-se a nossa fraternidade até os últimos instantes de sua vida. Com a cirurgia prevista para o dia 02 de outubro, Frei Juvenal participou do nosso encontro no dia 30 de setembro refletiu sobre a necessidade de assumir o compromisso com Jesus e com o Instituto. Duas irmãs renovaram os votos e ele continuou conosco. Conversamos, sorrimos, partilhamos os principais acontecimentos e, por fim, nos despedimos.
Seu empenho e seu entusiasmo em assistir e acompanhar com muito amor e dedicação a Pequena Família Franciscana é um grande exemplo para aqueles que desejam colocar-se a serviço do nosso Instituto para ajudá-lo a crescer e ser sinal do amor de Deus na vida dos irmãos e irmãs. Peçamos a Jesus que nos conceda assistentes dedicados como o nosso Frei Juvenal, que ame o nosso Instituto tanto quanto ele amou.
Ele ajudou-me a voltar aos caminhos do Senhor, senti na pessoa dele o amor de Jesus por mim no momento de confissão. Fui uma ovelha que se distanciou do rebanho e Deus colocou Frei Juvenal na minha vida para me reconduzir. Ele foi um pai cheio de atenção e cuidado, soube amar a todos sem distinção e sem querer ninguém para si, soube aproximar-se no momento certo e distanciar-se quando era preciso. Orientou, chamou atenção, fez tudo com muito amor. Preocupou-se com PFF e, em especial, com a Fraternidade Santa Maria dos Anjos. Esteve conosco um dia antes de ir fazer a cirurgia e junto conosco fez um momento de reflexão sobre os escritos de Vincenza, de Frei Ireneo e São Francisco e, por fim, refletimos sobre o Evangelho que diz: “Quem quer me seguir renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga.” Frei Juvenal que sempre em suas palavras dizia que nos devemos lutar para construir “um povo de irmãos e uma terra sem males, uma sociedade justa e fraterna, onde todos possam ter voz e vez”. Sua vida inteira lutou para que isso acontecesse, soube ser fraterno, soube colocar-se a serviço de todos, souber viver a partilha...
A páscoa definitiva de Frei Juvenal foi no dia 06 de outubro de 2014, a tristeza tomou conta do nosso coração, mas a certeza de que ele continuará presente em nossos corações e caminhará sempre conosco nos ajuda a permanecer firmes. Como foi triste ver no rosto de cada pessoa: crianças, jovens, adultos e idosos que estavam na missa de corpo presente as lágrimas, o sentimento de dor, de perda de um pai. Cada qual se aproximava do corpo querendo tocar, alguns não acreditavam no que estavam vendo, queriam que fosse um sonho. Mas olhando por outro lado; como foi belo, tantos testemunhos, quantas sementes plantadas, quanta certeza de que ele está junto de Deus.   Após a comunhão, momento em que ficamos junto ao seu corpo, sentimos uma paz que tomou conta do nosso coração. Pensei no desejo dele, de ficar conosco e querer ser sepultado no Sitio Cruz. Seu corpo foi plantado na Capela de Nossa Senhora Aparecida; lugar onde, todos os anos, colocamos os feijões da Festa da Colheita e como disse um dos frades: “foi uma festa da colheita antecipada”. Sem querer entregamos o seu corpo e sua alma a Deus, como é difícil devolver para Deus alguém que amamos tanto. Guardarei sempre na memória e no meu coração o convite que ele me fez para pertencer a PFF. Lembro sempre da alegria que demonstrava quando estava indo participar dos encontros na nossa fraternidade. Passaram-se dois meses de sua partida para a casa do Pai, mas o sentimos presente em nossos corações. Bendito seja Deus pela existência dele em minha vida e na Pequena Família Franciscana.