quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mensagem de natal de Luiza Teles para as irmãs da PFF

Alegremo-nos com mais um NATAL, que se aproxima comemorando com Nascimento de JESUS entre nós. Ele se apresenta como a força transformadora. Nesta confiança peçamos ao “Menino de Belém” que transforme os nossos corações infundindo o seu AMOR que abraça a todos e privilegia os pequenos, os fracos e os pobres.
Que JESUS nasça em cada um de nós concedendo os DONS que necessitamos...........

FELIZ ANIVERSÁRIO DO NATAL!!
NATAL DE JESUS                                            Visita as irmãs Luiza Teles e Cleonice em 25/11/2012
Nozes, amêndoas, avelãs,
Damascos, peras e passas; 
Repicar dos sinos, canções louças,
Anunciando um tempo de graça;
Tudo se engalana pro grande dia
A festa em família vai começar;
De mil lâmpadas, a luz irradia,
Há um banquete em cada lar;

Champanhe, peru, panetone;
Uma criança pede: não me abandone,
Vamos fazer a festa juntas

A família está feliz e radiante,
Mas ninguém lembra ninguém pergunta:
 “quem é mesmo o ANIVERSARIANTE....

Luiza Teles e seu Davy
um grande amigo das Irmãs da PFF
O natal é uma festa para celebrarmos o amor de Deus pela humanidade. Existe hoje uma descristianização e crescente indiferença religiosa, como afirmou Bento XVI:
“Em nossa sociedade sopra cada vez mais violência o vento da descristianização, da indiferença religiosa, da secularização e da relativização dos valores.” Substituímos o aniversariante, “JESUS, por outros deuses.” Tornou-se para a maioria dos cristãos, uma festa do comprar, gastar, comer e beber.
Façamos uma reflexão, para que o Menino Jesus seja acolhido realmente, como o ANIVERSARIANTE da FESTA!
“E que se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1, 14)

Abençoado Natal! E um 2013 de realizações cristãs e otimistas.
Que Menino Jesus seja realmente o centro do nosso Natal, trazendo-nos todas as graças que nós precisamente alcançar.
Abraço repleto de saudades da velhinha Luíza 23/11/2012


  

 

domingo, 4 de novembro de 2012

Encontro formativo da Fraternidade Frei Ireneo Mazzotti

 Queridas irmãs,
Paz e Bem!
Neste momento de eleição para o Conselho de Grupo, é necessário que penesemos um pouco sobre a nossa vida de consagrada a Deus como nos orienta irena Fabris no V F 01/2011: Para viver na obediência, castra e pobre. pertencer a Cristo sem reservs, real, concreta, não desencarnada, “aéreo”, mas huilde e, discreta, precisa decisão livre, não feita uma vez, mas livremente e generosamente feita dia a dia; é preciso uma maturidade humana, uma fé eficaz e, um amor autêntico e desinteressado.

Interroguemo-nos

ü    Como é protegido e alimentado o dom da vocação na PFF a nível pessoal e comunitário nas realidades individuais, culturais e geográficas,  nas diversas condições sociais, de idade e saúde?

ü    Se a nossa vida consagrada tivesse perdido sentido, entusiasmo, esperança, brilho, quais são as causas e os motivos?

ü    Bento XVI confia aos seculares consagrados uma missão: “Sois semente de santidade lançadas de mãos cheias nos rastros da historia”. Como nos sentimos empenhadas a realizar este projeto? Sentimo-nos responsáveis por tal missão no interior da Igreja e no mundo?

ü    É a Fraternidade para nós, em primeiro lugar na vida, encontro, partilha,  experiência? Ou é só um encontro a mais em meio a muitos outros que temos? Estamos em condições de nos comunicar com as nossas irmãs em outros momentos da  semana?

ü    Sentimos e cremos que a “Fraternidade” e o “Grupo” são uma realidade divina - humana onde o Senhor nos colocou para crescer na comunhão, sob o exemplo da comunidade trinitária?

ü    Os Grupos são “lugares” de formação, verificação e sustento para a vocação. Toda a comunidade se sente empenhada a acompanhar e a tomar cuidado de cada irmã, sobretudo, daquelas em dificuldades.

ü    O que partilhamos da fé e na fé dentro do Instituto, nas nossas fraternidades e Grupos: bens do Espírito, bens materiais? Como o fazemos circular e colocar para que dê fruto? Que sensibilidade temos diante das necessidades das irmãs anciãs, doentes, jovens necessitadas, presentes nas várias áreas geográficas?

ü    Que contribuição pessoal foi dada para que a comunhão e o sentido de pertença ao Instituto cresçam e se desenvolva? Se participa de modo ativo e responsável? Somos empenhadas em ser construtoras de fraternidade e de comunhão ou pretendemos ser só consumidoras?

Pense em tudo isto, e vote consciente. Não se esqueça que cada uma de nós tem o dever de  contribuir para o crescimento tanto na espiritualidade quanto na qualidade do nosso Instituto.  
Bacaba, 04/11/2012    
Maria José Barreto

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Eleição do Conslho Regional–19 a 21/10/2012

Exibir lbum
 PRESIDENTE:
 Maria José Barreto – Bacabal MA
VICE- PRESIDENTE:
 Marly Jesus de Almeida – Aracaju – SE

CONSELHEIRAS:
Amara Maria de Paiva – Recife/PE
Denise dos Santos - João Pessoa –PB
Hortência Conceição Santos  - Aracaju - SE
Maria Madalena dos Santos Lima - Queimada Jurema- PE
Vládia  Érica do Nascimento Silva - Alagoa Nova /  Paraíba

Roteiro do Estudo - CEE em 11 a 13/10/2012

Instituto Secular Pequena Família Franciscana - Região Nordeste - Brasil
Fraternidade Frei Ireneo Mazzotti - Bacabal MA
Pregador: Frei Marcos OFM
1     A palavra de Deus na vida de Francisco
Texto  da Verbum Domini:
A interpretação da Sagrada Escritura ficaria incompleta se não ouvisse também quem viveu verdadeiramente a Palavra de Deus, ou seja, os Santos. De fato, “viva lectio este vida bonorum”. Realmente a interpretação mais profunda da Escritura provém precisamente daqueles que deixaram plasmar pela Palavra de Deus, através da sua escuta, leitura e meditação assídua. Certamente que não é por acaso que as grandes espiritualidades, que marcaram a história da Igreja, nasceram de uma explícita referência à Escritura. São Francisco de Assis escreve - Tomás de Celano – “ ao ouvir que os discípulos de Cristo não devem possuir ouro, nem prata, nem dinheiro, não devem trazer alforje, nem pão, nem cajado para o caminho, não devem ter vários pares de calçado, nem duas túnicas, logo exclamou de Espírito Santo : Com todo o coração isto quero, isto peço, isto anseio realizar! “ E Santa Clara de Assis reproduz plenamente a experiência de São Francisco: A forma de vida da Ordem das Irmãs Pobres  Cristo” ( VD 48).
 Texto franciscano: 2C 105
Quando estava doente e cheio de achaques, disse-lhe uma vez um companheiro: “ Pai, sempre te refugiaste    nas escrituras, elas sempre foram u remédio para tuas dores. Peço que mandes ler alguma  coisa dos profetas, pode ser que teu espírito exulte no Senhor”. O  santo respondeu: “ É bom ler os testemunhos das Escrituras, é bom  procurar nelas Deus nosso Senhor, mas em já aprendi tantas coisas nas Escrituras que para mim é mais que suficiente  recordar e meditar. Não preciso mais nada, filho. Conheço o Cristo pobre e crucificado”.
Texto bíblico: Lc 4, 14-21
Jesus voltou então para Galiléia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha. Ensinava em suas sinagogas e era glorificado por todos.  Ele foi a Nazaré, onde fora criado e, segundo seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; abrindo o livro encontrou o lugar onde está escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão dos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor. Enrolou o livro, entregou-o ao servente e sentou-se. Todos na sinagoga olhavam-no, atentos. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da Escritura”.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Transito de São Francisco

Transito 3Trânsito quer dizer

Passagem da vida para a morte

Francisco que sempre fará

Servo fiel e forte

 

Formou a família franciscana

Por ordem do Criador

A todos orientava

Com Alegria e AMOR

 

Transito

E dizer ao Pai

Com a voz do coração

Onde houver ofensas

Que eu leve o PERDÃO

 


Formou a ordem dos franciscanos menores

Acolheu a cada irmão

Com este espírito fraterno

Valorizava a UNIÃO

 

 Irmãos de cada fraternidade

Aqui estão de pé

Mostrando que são obedientes

E transmitindo sua FÉ

 

São Francisco se preparou

Para esta Passagem

Recebeu as chagas de Cristo

Porque amou de VERDADE

 

São Francisco é venerado

Aqui e em Canindé

Que as suas Bênçãos

Aumente nossa fé

 

O exemplo de são Francisco

Guardemos na Lembrança

Viver na PAZ e no AMOR

É a nossa grande ESPERANÇA

 

Aqui estão; Irmãos e Franciscanos.

Ordem Senhor Legião de Maria

Benfeitores São Francisco, Santana Postulantes

Santa Clara, Simpatizantes todos com ALEGRIA

 

Nosso Pároco segue o exemplo

de FRANCISCO e JESUS

E Convida a todos

Pra viver na Luz

 

Que nossas preces sejam aceitas

Por nosso PAI BONDOSO

As bênçãos de São Francisco

Nosso irmão caridoso

Um abraço fraterno:

FRANCIS GOMES CARDOSO

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Contribuição de Luiza Telles para o blog da PFF

Refletindo sobre o que São Francisco ensinou na “Carta aos Fiéis”, dizendo que o caminho da felicidade consiste no amor total a Deus pelo conhecimento de Sua misericórdia. Mas não fica só no amor a Deus. É preciso também, “amar o próximo como a si mesmo”. (Mt 22,39). E também de acordo com o Tema da Novena hoje: “Francisco a pureza e a amizade espiritual”, conclui: Será que nos amamos de verdade? Um por todos e todos por um?
Sabemos que Deus nos criou, fazendo-nos à Sua imagem e semelhança. Deu-nos o dom da vida. É nosso dever de gratidão conservá-la pelo cuidado com a saúde: com uma boa alimentação, evitando toda extravagância, obedecendo à orientação médica.
Vivência da forma de vida franciscana é a chave da nossa realização pessoal. Ajuda-nos a conservar a alegria, o otimismo, a serenidade, a aceitação das limitações na velhice (no meu próprio caso) com submissão à Vontade de Deus, com acolhimento a tudo e a todos. Leva-noTeless a apreciar a beleza da natureza, a graça do sorriso das crianças e o entusiasmo dos jovens.
Deste modo, a medida do amor ao próximo, aos nossos irmãos e irmãs da nossa Fraternidade, estará nos aproximando á amizade espiritual que hoje São Francisco nos transmite.
Ficaríamos satisfeitos(as) se alguém falasse mal da gente? Nunca! Portanto, prestemos atenção nos julgamentos a respeito dos outros...
Outra coisa: necessitamos de amor e de ser amado(a). nossos irmãos e irmãs, também, desejam o mesmo...
Como é importante por em pratica as palavras de Jesus... “Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Mt 22,29).
Quão felizes seremos no amor a Deus e seguindo São Francisco que hoje nos ensina: a amizade espiritual sem excluir ninguém!...

Paz e Bem! Luiza Telles

P.F.F. Fraternidade “Frei Jorge Rotthaus O.F.M.” João Pessoa-PB

Queridas irmãs: Luiza e Cleonice que nos conduz na PFF através de seus exemplos de vida e perserverança sendo fiel a sua consagração no Instituto Secular Pequena Família Franciscana.

Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; a boa reputação é mais estimável do que a prata e o ouro  (Proverbio 22, 1)




Seguindo os passos de Francisco e Clara

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Com-Vida: estratégia de governança nas escolas (15/06/2012)

O papel da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, a Com-Vida, um colegiado formado por estudantes, professores e outros profissionais da escola, pais e integrantes da comunidade.
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A discussão se dará no contexto da Conferência Rio +20, mais especificamente relacionado ao tema da governança escolar.

Dons do Espírito Santo

Dons do Espirito Santo

Que tal olharmos para todas as direções

Autor: Desconhecido

Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para o voo, será um Prisioneiro. A razão é que um falcão sempre começa seu voo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.

O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso complemente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.

Um zangão, se cair em um pote aberto ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente de tanto atirar-se contra as paredes do vidro.

Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, sem perceber que a saída está logo acima.  Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima!

Reflita sobre isso!

Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada?

porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.

Provérbios 23:5

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Formação: Ministros Extraordinários da Palavra e da Eucaristia 21/09/12

Documento 62 CNBB - Missão dos Cristãos Leigos e Leigas
Dirigente da formação; Padre Cláudio – Pároco da paróquia Santana
1.     Dinâmica – figura humana e plaquetas
2.     Objetivo: questionar a participação e o modo de atuar nos ministérios
a) Uns participantes recebem uma plaqueta e outros recebem um pedaço de figura humana para formar o quebra cabeça sem a parte da cabeça.
b) As plaquetas com os ministérios são colocadas ao lado da figura para analisar como funcionam os ministérios
Eles são completos? Todos participam dando sua contribuição? O que falta na figura? (olhos, ouvidos, celebro, boca...) O que falta nos nossos ministérios?
c)     Coloca a parte da cabeça no lugar
3.     Olhando as plaquetas;
·        Cada um assume o seu cargo? Ou deixa para uma só pessoa?
·        Vai tirando as plaquetas e colocando em um só. É assim quando alguém não participa. Como reagimos?
 Conclui- se com a Leitura de I Cor 12,12-30
Riqueza dos Ministérios Leigos - Plaquetas com os ministérios:
1.     Em nosso País, são muitas celebrações dominicais da Palavra presididas por leigos e leigas;    
                                                                                                             
2.                Experiência bastante proveitosa é a ação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, serviço leigo que também se faz importante na assistência espiritual aos enfermos e idosos;
3.     Amostra-se muito valioso o Ministério do Batismo, confiados a leigos e leigas, ministério esse que deve ser estendido mais amplamente, e principalmente se for dado em conjunto com a pastoral do Batismo;
4.     Assistentes leigos do Matrimônio, são testemunhas qualificadas deste sacramento e sua experiência é tão mais rica se estiver dentro das Pastoral Familiar;
5.     Celebração das Exéquias tem sido confiada a leigos e leigas que, em nome da Igreja, dão testemunho de esperança, solidariedade e conforto.
6.     Algumas comunidades do meio urbano já tem criado  Ministério da Acolhida e em outras o Ministério do Aconselhamento.
Destaca-se o ministério reconhecido da Catequese exercido por milhares de leigos e leigas que, na maioria dos casos, são os primeiros a fé as crianças. Por lado, os cristãos leigos e leigas têm sido chamados a participar, em caso excepcionais, do cuidado pastoral de paróquias.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Visita - Fraternidades: Frei Ireneo e Santa Maia dos Anjos

Dia 07 e 08 de setembro estivemos em Garanhuns com a representante de base para recolher os votos das irmãs da Fraternidade, só que, por falta de fórum ficou remarcada a eleição para 13 e 14 de outubro

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um pouco da história de São Raimundo Nonato

São Raimundo Nonato nasceu em Portel, Espanha. Quando São Pedro Nolasco, a 10 de agosto de 1218, dava início à Ordem das Mercês para a redenção dos escravos, com rito solene na Catedral de Barcelona, da qual era cônego o amigo e conselheiro Raimundo de Penafort, entre os fiéis estava também o moço de dezoito anos, Raimundo, chamado Nonato porque foi extraído do corpo da mãe morta no parto. Filho de família pobre, quando menino foi pastor de rebanhos. Vestiu o hábito dos mercedários aos vinte e quatro anos de idade, seguindo o exemplo do fundador, se dedicou à libertação dos escravos da Espanha ocupada pelos mouros e à pregação no meio deles. No ano de 1226 chegou até a Argélia e entregou-se como escravo, a fim de consolar e animar pela fé os prisioneiros e trabalhar pela sua libertação Este gesto parece natural a que chega a caridade heróica de um santo que vive o Evangelho integralmente.

São Raimundo ficou vários meses como refém e submetido a reiteradas e cruéis malvadezas, continuou pregando o Evangelho e seus perseguidores chegaram ao ponto de furarem a ferro quente os seus lábios e os trancaram com um cadeado, para impedir que ele continuasse denunciando as injustiças e proclamando o Evangelho. Foi finalmente resgatado e muito debilitado retornou à Espanha. O Papa Gregório IX quis render-lhe uma homenagem pública por tão grandes virtudes conferindo-lhe em 1239, apenas libertado, a dignidade cardinalícia, convocando-o como conselheiro. Pôs-se em viagem, para atender ao convite do Papa, mas pouco depois uma febre violentíssima o atingiu e morreu em 31 de agosto de 1240 em Cardona, perto de Barcelona. Foi sepultado na Igreja de São Nicolau, que a popular devoção do santo, inserido do Martirológio Romano em 1657 pelo Papa Alexandre VII.
Hoje, celebramos a vida do santo que se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas. Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa "não nascido" porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta). São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo. Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho.

Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos. 

Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado. 

Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha. São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro. 

O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.

São Raimundo Nonato, rogai por nós!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O dom é o segredo da vida confiado ao ser humano

A palavra dom e o conceito de gratuito foram banidos da esfera pública e da educação nas suas múltiplas instâncias formais e informais. Pouco a pouco vai-se esbatendo a memória de que o sentido da vida humana não se esgota no que é produzido, categorizá-vel e negociável. Perde-se a memória de que também há realidades gratuitas e não manipuláveis. Não é certamente uma postura iné-dita na condição humana. Parece, bem ao contrário, uma tentação constante dos humanos de todos os tempos. Não nos fala a Sagrada Escritura, desde as primeiras páginas, das dramáticas roturas da harmonia no mundo quando o ser humano se assume como senhor e proprietário dos bens que o rodeiam, esquecendo que não lhe pertencem, que são puro dom – como a sua própria vida também o é – e que o que é dado não é para possuir, é para acolher?
No jardim do Édem !
No jardim do Éden, Adão e Eva não conseguem perceber que a atitude diante do dom – “Dou-vos todas as ervas que dão semente… e todas as árvores que dão fruto …” (Gn 1,29) – não é a posse, mas sim o acolhimento. Por isso, pegam no que não lhes é dado.
Sarai e Abrão
Noutro cenário encontramos Sarai e Abrão. Interessa-nos, concretamente, a provação que afecta a relação entre o pai e o filho Isaac (Gn 22). Não se passe, todavia, sob silêncio um detalhe curioso da relação do casal (Gn 17). Na língua hebraica, Sarai significa “minha princesa”. O acento é aqui posto no pronome possessivo minha; Sarai é propriedade de Abrão (este receberá o nome novo da aliança de Deus com Abrão e toda a sua descendência: Abraão). Nas intrigas e peripécias do casal, evidencia-se Sarai a sacrificar a sua identidade em favor do marido. Felizmente, o Senhor Yhaveh vai intervir. No culminar da história do casal, um filho lhes é dado e, curioso e pouco notado, o Senhor Yhaveh dá novo nome a Sarai, oferecendo ao casal a possibilidade de se abrirem à verdadeira relação, àquela que se fundamenta não no ter e possuir, mas no ser outro com o outro, no respeito das inegociáveis identidades. Doravante, não se chamará mais Sarai, minha princesa, mas simplesmente, Sara, princesa.
Sara concebe um filho na sua velhice. De que modo Abraão acolhe o dom que o Senhor lhes faz? Como um bem que é doravante sua propriedade, não vendo nele o “filho da promessa”, mas somente o “filho do seu desejo”? A provação a que Deus submete Abraão vai obrigá-lo a decidir. E Abraão decide, dispondo-se a devolver o dom que lhe havia sido dado. Dispõe-se, assim, a oferecer a Deus o sacrifício do filho desejado; oferecer a Deus o seu bem mais precioso, pois não o havia recebido como propriedade. A disposi-ção de Abraão agrada ao Senhor. Então, uma segunda vez, Abraão vai acolher o filho Isaac das mãos do Senhor, agora como provado filho da promessa e não como filho do seu desejo de descendência.
Os dois irmãos, Caim e Abel
Um outro quadro bíblico apresenta dois irmãos, Caim e Abel, no episódio das oferendas que fazem ao Senhor Yhaveh (Gn 4,1-5). Este episódio diz que o que caracteriza o dom não é o ter, é o ser; diz que o dom é a essência e a fonte da vida e diz como este entendimento é decisivo na construção da identidade de cada ser humano. Mais uma vez, a intriga vai desenvolver-se à volta dos pronomes possessivos. A leitura feita pela psicanalista francesa Marie Balmary, a partir do texto escrito em hebraico, faz emergir os possessivos como determinantes na interpretação deste episódio.
Caim ofereceu produtos da terra; Abel ofereceu as primícias do seu rebanho.
Abel deu as primícias do seu rebanho e a sua oferta foi agradá-vel ao Senhor. Caim deu os frutos da terra e Deus não aceitou a sua oferta, porque Caim deu o que não era seu. Ele não estava presente na sua oferta:não se deu com aquilo que deu. Se Deus recebesse os frutos da terra isso significaria que Caim não contava para Deus; equivaleria a aceitar a não existência de Caim, visto ele não estar no dom, não estar presente no presente. Por isso, Deus recusa a oferta que ele faz. Não é dom seu; é da terra. O seu dom é um “dom vazio”. Esta passagem tem, muitas vezes, provocado mal-estar por parecer revelar um Deus caprichoso, que descrimina e ofende Caim. Passa-se precisamente o contrário. Deus respeita Caim e preocupa-se com ele. É por essa razão que recusa a oferta, ou seja, recusa a inexistência de Caim, o presente sem presença, o dom sem relação, o ritual sem vida, o objecto sem sujeito, a “coisa” sem “Eu”. O Senhor quer que Caim exista, se descubra a si mesmo; tome consciência da sua existência e da sua identidade, para si e para a relação com o próprio Deus.
Estes quadros bíblicos fazem sair o ser humano, com pedagó-gica sabedoria, da esfera das coisas e dos objectos. Deles brota uma lógica que o conduz para lá do mero horizonte da posse e aponta para uma dimensão oblativa da vida. Dimensão oblativa que entra na própria definição da vida: a vida é puro dom. Não será este o seu segredo? Na raiz da vida está o dom, o gratuito, como constitutivo do ser. Isto leva a que se possa afirmar o dom como um transcendental, porque ele é a essência das coisas e dos seres.
Por onde anda o dom? O que tem feito o ser humano e o que fazemos nós, hoje, desta possibilidade maravilhosa de outro modo de ser do que ter?Que abismos temos de enfrentar, que provações precisamos de atravessar, que despojamentos serão necessários para se poder ir mais além do que o que se tem?
Um segredo esconde-se no cosmos e em cada ser que o povoa. Um segredo de gratuidade que nos confia o dom como a chave da vida e ajuda a aceder a um sentido da vida em que esta se compreende como puro dom. Esta é uma bela e boa notícia de alcance universal. Para a acolher e entender não é necessário um elevado quociente intelectual, ou uma específica formação científica e técnica. Não se trata de uma notícia para um grupo de privilegiados ou iluminados. Dirige-se a todos os seres humanos e todos a podem compreender porque todo o ser humano “está feito para o dom, e é no dom que exprime e realiza a sua dimensão de transcendência” (Caritas in Veritate 34).
Então, por que é que temos tanta dificuldade em compreender e em viver a vida como dom? A elaboração de uma proposta coerente e pertinente de antropologia cristã para o mundo de hoje exige que, como preliminar metodológico, se procurem respostas para estas questões.
Talvez a vida dos três pastorinhos de Aljustrel e os acontecimentos singulares que a marcaram possam fornecer ao mundo de hoje pistas para esta concepção mais essencial da vida, em que viver implica oferecer a vida e, maravilha das maravilhas, oferecer a vida não significa perder a vida ou morrer. Significa, ao contrário, viver a vida autêntica, a “vida boa”, aquela vida que não depende das cotações do mercado, das ameaças de cortes no rating, do temor das falências e das bancarrotas. A “vida boa” não se vende e não se compra; ela escapa radicalmente à lógica financeira e económica, porque o que a define não é o ter mas o ser, não é o possuir, mas o acolher e o dar gratuitamente “lugar espaçoso e feliz” ao essencial.
A vida dos pastorinhos não foi uma “boa vida”, mas foi, sem sombra de dúvida, uma “vida boa”. Tão boa que eles a assumiram como uma doação permanente.Jogaram o grande jogo da vida: dar-se, dar tudo o que se é, sem nunca perder. Eis o grande segredo de Fátima que os pastorinhos aprenderam com Maria, a Mãe de Jesus, que, por seu lado, havia aprendido com o seu querido Filho: entregar-se não é uma perda de si; é um encontrar-se com o outro por causa de um amor mais forte e mais precioso do que a própria vida.
Maria disse sim a Deus. Os pastorinhos juntam-se a Maria e com ela dizem: sim, Senhor, nós também queremos oferecer-te a nossa vida.
Paz e Bem !