quarta-feira, 7 de outubro de 2015

III. A PEQUENA FAMILIA FRANCISCANA

1. O que é a Pequena Família Franciscana?
- A PFF é um Instituto Secular FRANCISCANO.
A PFF vive “o sentido autentico da secularidade” (Diretório da PFF, art. 1, a), na “total consagração a Deus... com a completa profissão dos conselhos evangélicos no século, segundo os princípios da espiritualidade franciscana” (Constituições da PFF, art. 3, a, b).

2. Quais são os objetivos da PFF?
- Prestar “um serviço constante e generoso, à Igreja... exercendo uma profissão secular, para animar e orientar cristãmente as realidades terrestres..., dilatando o reino de Cristo”;
- “Difundir o espírito franciscano no mundo... Especialmente nas fraternidades da OFS”;
- “Cooperar, principalmente com a oração e o sacrifício, na santificação dos sacerdotes, das pessoas consagradas e de todos os membros das três Ordens franciscanas”;
- Assim, “vivendo sua vocação própria, estarão desenhando, com maior eficácia, o seu serviço pela salvação dos irmãos e a consagração do mundo” (Cfr. Constituição da PFF, artigos três e quatro).

3. Quais são os critérios de aceitação na PFF?
- Ter vocação para a vida de secularidade consagrada;
- Ter (“normalmente”) a idade entre 19 a 40 anos;
- Ter as Necessidades condições de tempo, de liberdade (interior e exterior) e de sustento próprio, para poder assumir tranqüilamente a sua vocação, de acordo com as Constituições e Diretório da PFF;
- Ter condições suficientes de saúde física, psíquica e espiritual, para viver a vocação de secular consagrada.

4. Onde as Irmãs da PFF vivem?
- Em qualquer contesto secular: na família, numa pensão ou republica, ou qualquer outro modo que cada uma preferir.

5. E como evitar que uma família crie obstáculos para a filha que quer entrar na PFF?
- Normalmente elas guardam segredo sobre o seu ingresso na PFF. Mas não se deve exagerar a importância deste segredo. Ele tem sentido na medida que ajuda a vivência tranqüila da sua vida consagrada no mundo. O mais importante não é que seja “um fato secreto, mas discreto”, isto é, sem fazer publicidade.

6. Como é feita a incorporação das Irmãs na PFF?
- Há varias etapas no processo dessa incorporação:
a) Preparação à consagração (não menos de 3 anos);
b) Primeira consagração, anualmente renovada;
c) Depois de seis vezes renovada, a profissão é considerada definitiva (apesar de que elas continuam a renová-la anualmente).

7. E como se faz a formação das novas candidatas que entram?
- Cada grupo da PFF tem uma “Guia de Formação” encarregada de formar as Irmãs durante os três anos de preparação à consagração. Através de um “Roteiro de Formação”, elas são preparadas para a Primeira Consagração. Aí já começa a Formação Permanente.

8. Como a PFF cuida de sua organização?
- Todas as Irmãs pertencem a um Grupo. Este tem uma chefa, ajudada por um conselho.
Vários grupos juntos, no mínimo de três, formam uma região (equivalente a uma Província).
Cada região elege uma Presidente Regional, também ajudada por um Conselho Regional.

 9. Como se organiza a Assistência espiritual na PFF?
Desde a origem da PFF está ligada à OFM. Por isso, os assistentes são escolhidos entre os “sacerdotes pertencentes a uma da Família Franciscana; ou, se isto não é possível, entre outros sacerdotes de espírito franciscano” (Constituição da PFF, art. 85).
Cada grupo tem um assistente local, e cada  região um assistente regional.
Os assistentes são propostos pelos Conselhos (do grupo ou da região) aos seus Provinciais; estes os apresentam ao assistente central, que os confirma.

10. Quais os endereços principais, onde as candidatas podem pedir informações?
a)         Frei Urbano Plentz, ofm
            Praça São Francisco das Chagas, 195
            Caixa Postal 174, Carlos Prates
            30.000 – Belo Horizonte – MG
            Fone: 462-5297

 b)         América Moreira
            Rua Bom Sucesso, 389
            Carlos Prates – Belo Horizonte
            30.000 – MG

c)         Almerita Camelier
            Rua Moacir Leão, 69
            C.R. Politeama, bl. C/ ap. 909
            40.000 – Salvador – BA.

d)        Antonia Fernandes de Lima
            Rua Dep. Luis Clementino, 205
            Jaguaribe – João Pessoa
            58.000 – PB.

 e)         Maria José Barreto -(99)9 81527384
            Rua Frederico Leda, 304
            65.700-000 – Bacabal – MA
 
f)         Maria José Gonçalves do Egito e
            Jeane Coutinho da Costa  -  (81) 32410306
            Rua Jerônimo Vilela - 515 - Campo Grande
            52040-180 Recife - PE
           

II. NATUREZA E ESSÊNCIA DOS INSTITUTOS SECULARES.

1. O que é a PEQUENA FAMÍLIA FRANCISCANA?

A PFF é um Instituto Secular, criado e constituído conforme as orientações da Constituição Apostólica “PROVIDA MATER”, promulgada por Pio XII, no dia 2 de fevereiro de 1947.

2. O que é um Instituto Secular?
É uma forma de vida para as pessoas que querem consagrar-se a Deus por meio dos votos de obediência, pobreza e castidade, “ficando no mundo” (sem entrar numa Ordem ou Consagração Religiosa).

 3. Por que essa forma de vida se chama “secular”?
Porque as pessoas que tem vocação para viver num Instituto Secular, vivem “no século” (no mundo). “Vivem no mundo, para o mundo, mas sem ser do mundo” (Paulo VI, 19/07/1967).

4. Qual é a base evangélica dessa forma de vida?
- “Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo” (Jô. 17,15).

5. Como a teologia da secularidade foi consagrada pelo Vaticano II?
- “A índole secular caracteriza especialmente os leigos... Vivem no Século, i. e, em todos e em cada um dos ofícios, e trabalhos do mundo. Vivem nas condições ordinárias da vida familiar e social, pelas quais sua existência é como que tecida. Lá são chamados por Deus para que, exercendo seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, a modo de fermento, de dentro, contribuam para a santificação do mundo. E assim manifestam Cristo aos outros, especialmente pelo testemunho de sua vida, resplandecente em fé, esperança e caridade” (Lúmen Gentium, 31).

6. E como Puebla valoriza os Institutos Seculares?
- “Importa recordar que o carisma próprio dos Institutos Seculares intenta responder de maneira direta ao grande desafio as atuais mudanças culturais estão lançando à Igreja: dar um passo na direção das formas de vida secularizada que o mundo urbano-industrial exige, evitando, porém, que a secularidade se converta em secularismo”. (Puebla, 774).

7. Como o novo Código de Direito Canônico define os Institutos Seculares?
-“ Instituto Secular é um Instituto de vida consagrada, no qual os fiéis, vivendo no mundo, tendem a perfeição da caridade e procuram cooperar para a santificação do mundo, principalmente a partir de dentro”. (Cân. 710).

8. Como os Institutos Seculares receberam orientação da parte da Igreja?
a) – “Se os Institutos Seculares permanecerem fiéis à sua vocação, Vão tornar-se como que o laboratório experimental, no qual a Igreja verifica as modalidades concretas de suas relações com o mundo. É por isso que eles devem ouvir, como dirigido sobre tudo a eles, o convite da Exortação “Evangelli Nuntiandi”: - O seu dever primário... é colocar em ato todas as possibilidades cristãs e evangélicas escondidas, mas já presentes e ativas, nas coisas do mundo vasto e complicado da política, do social, da economia, e também da cultura, da ciência e da arte, da vida internacional, dos mas média” (Paulo VI, 25/08/1976; João Paulo !!, 08/08/1980).
b) – “Vós sois e permaneceis leigos” (Paulo VI 25/08/1976)
c) – “Homens e mulheres, que quiserem consagrar-se a Deus sem sair do mundo podem hoje escolher os Institutos Seculares como meio seguro de santificação, e como instrumento eficaz de apostolado fecundo e operoso: eles não tem apenas o direito, mas também sentem a necessidade de serem compreendidos e apoiados” (Cardeal Ildebrando Autoniutti, no Congresso Internacional dos Institutos Seculares, de 20 a 26 de setembro de 1970).
d) – “Os Institutos Seculares podem significar uma valiosa contribuição pastoral para o futuro e ajudar a abrir novos caminhos de validez geral para o Povo de Deus” (Puebla, 775)
e) – “Os Institutos Seculares são um grande com do Espírito Santo para a Igreja e para o mundo de nossos tempos” (Assembléia Plenária da Congregação. Para os religiosos e os Institutos Seculares, 3 a 6 de maio de 1983).
f) – “Os membros desses Institutos expressam e exercem a própria consagração na atividade apostólica e, como fermento, se esforçao para impregnar tudo com o espírito evangélico, para o fortalecimento e crescimento do Corpo de Cristo” (Cân. 713).

9. Em síntese, como se poderia definir a essência dos Institutos Seculares?
- “É uma vocação especial, de autentica vida consagrada no mundo, mediante a profissão dos conselhos evangélicos” (Cardeal Pirônio, 06/05/1983).
Portanto os Institutos Seculares são:
- na essência, vida consagrada;
- na vivência, vida secular.
Ou: os membros dos Institutos Seculares vivem na secularidade consagrada.

10.Vejamos alguns dados estatísticos:
Existem, no mundo inteiro, 135 Institutos Seculares (estatísticas de 1983).
Destes, 48 são de direito pontifício e 87 são de direito diocesano.
Entre os Institutos exclusivamente laicais, 109 são femininos e 4 masculinos.
No Brasil, existem 41 Institutos Seculares, dos quais a maioria são “importados”, especialmente da Europa. Há três de fundação brasileira:
- Servas de Jesus Sacerdote (com sede em Ribeirão Preto);
- Catequistas do Sagrado Coração de Jesus (com sede em Prudentópolis, Paraná)
- Seara, Instituto Secular misto, para homens e mulheres, clérigos e leigos (com sede em Curitiba).
Há quatro Institutos Seculares FRANCISCANOS, de que temos noticias:
- Pequena Família Franciscana (PFF). Veja endereço a seguir.
- Missionárias da Realeza de Cristo (com sede em Anápolis, Goiás).
- Missionárias de São Francisco de Assis (com sede em São Paulo).
- Seara (com sede em Curitiba).
N.B.: Para a lista completa dos endereços, veja GRANDE SINAL, abril de 1983, págs. 229 à 235. Aliás, esse número todo é um número especial sobre os Institutos Seculares.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Pequena Família Franciscana - A CONSAGRAÇÃO A DEUS no INSTITUTO SECULAR DA “PEQUENA FAMÍLIA FRANCISCA”.

Segunda Edição
Frei Urbano Plentz
INTRODUÇÃO
Muita gente nunca ouviu falar de um Instituto Secular. Ou, pelos menos, não sabe o que é, especificamente, um Instituto Secular.
Mesmo entre sacerdotes e religiosos, os Institutos Seculares não são muito conhecidos. Sobretudo, quando se trata de dar assistência espiritual a um grupo ou a pessoas que vivem a secularidade consagrada, vem o problema prático de não saberem como dar essa assistência ou orientação.
Este fascículo tem a modesta pretensão, de trazer uma ajuda neste sentido. Mas ele dá só um mínimo sobre o carisma e a natureza dessa forma de vida, hoje cada vez mais espalhada na Igreja.
Além disso, esse livrinho pode servir como “material vocacional”. Ele serve para orientar as pessoas que incluem a possibilidade da secularidade consagrada em sua opção vocacional. Abre-lhes uma primeira perspectiva.
E, no caso da Pequena Família Franciscana (PFF) apresenta um conhecimento bem amplo e detalhado. Dá para conhecer o essencial de sua história e de suas características.
Outra ajuda, que esse estudo pode prestar, é aos assistentes da Pequena Família Franciscana. O que está serve para preparar os Assistentes quanto ao mínimo necessário que devem saber para o trabalho de um Assistente. A partir dessas primeiras noções, podem depois ampliar mais os seus conhecimentos. Aliás, ao lado desse conhecimento mínimo, outro fator importante é a prática que se vai adquirindo com o próprio trabalho.
Cremos assim que este pequeno estudo terá uma boa utilidade prática. Inclusive, para os próprios membros da PFF, conhecerem um pouquinho melhor o seu Instituto e, conseqüentemente, viverem com mais amor a sua consagração que, por meio dele, fizeram.
Se ele cumprir essas finalidades, o trabalho estará plenamente justificado.
Frei Urbano Plentz, OFM.

I. O CARISMA DOS INSTITUTOS SECULARES

Em 1947, quando surgiram oficialmente os Institutos Seculares, o contexto que orientava as várias formas de vida na Igreja, era mais jurídico, do que teológico. A própria Constituição Apostólica que criou os Institutos Seculares, não teve uma preocupação mais profundamente teológica. Nela estão ainda presentes os reflexos jurídicos, bem característicos daquele tempo.

A “Provida Mater Ecclesia” preocupa-se mais com o fato da criação da novidade do que com a sua fundamentação evangélico-teológica. Por isso, a partir da publicação do documento, começaram a surgir estudos de bons teólogos.

Mas eles, desde o princípio, notaram os problemas para caracterizar e situar teologicamente o carisma dos Institutos Seculares. E nesse trabalho, como é natural, surgiram as divergências entre os próprios teólogos, para determinar o essencial e o típico dessa forma de vida na Igreja.

Aos poucos foram-se tornando os estudos feitos, e publicados, de H.U. Von Balthazar, K. Rahner, Canals, G. Lazzati e outros.

Em síntese, pode-se dizer que estes estudos chegaram a sim caracterizar os Institutos Seculares: na essência eles são a Vida Religiosa, pois fazem os três votos e estão sujeitos à Sagrada Consagração dos Religiosos; na vivência eles são seculares, pois “vivem no século e a partir do século” (“Primo Feliciter”, II).

G. Lazzati faz esta pergunta; -“Qual é o elemento característico dos Institutos Seculares?” E ele mesmo responde; -“A relação que existe entre secularidade e consagração”.

Aqui Lazzati se refere aos dois elementos base que caracterizam o SER de um Instituto Secular: a consagração e a secularidade. Em outras palavras, são pessoas que se consagram a Deus pelos três votos, mas continuam tendo uma vivência secular (leiga).

No dia 13 de fevereiro de 1972, pro ocasião dos 25 anos de existência dos Institutos Seculares membros dos mesmos, e procurou dar uma fundamentação mais teológica à sua existência. Entre outras coisas, disse o Papa:

- “A alma de todo Instituto Secular... foi a ânsia profunda de uma síntese:

a) A plena consagração da vida segundo os conselhos evangélicos;

b) A plena presença de uma ação transformadora no interior do mundo” (Cfr. “Grande Sinal”, 1972, n° 5, pág. 389).

Usando uma terminologia muito conhecida na espiritualidade de hoje, podíamos dizer que os Institutos Seculares devem ser uma expressão bem clara da bi-polaridade: viver a contemplação na ação. Mas ação de seculares num contexto plenamente secular (no mundo e partir do mundo”).

Diz o Papa, neste discurso, que “o carisma dos Institutos Seculares é... a presença da Igreja no mundo” (ibidem, pág. 389). Mas esta presença é secularidade “consagrada”. Portanto, não se identifica simplesmente com o carisma dos leitos. É um carisma próprio.

Em outros termos pode-se dizer:

a)      CONSAGRAÇÃO é a entrega livre e total a Deus e à Igreja, mediante o compromisso dos votos.

b)      SECULARIDADE é a vivencia “no Século (no mundo) e a partir do século”. O próprio Papa cita o parágrafo 34 de Lúmen Gentium, dizendo: “o mundo está consagrado a Deus na intimidade de vossos corações” (ibid., pág. 390).

É claro que aqui não devemos pensar em termos de “mundo profano” e nem de “mundo sacral”. Mas no Mundo Criação de Deus que continua sendo de Deus e no qual Deus está presente. E é justamente por isso que os membros dos Institutos Seculares devem testemunhar essa “intimidade social de Deus”. É preciso serem o sinal da presença misteriosa do Cristo ressuscitado no coração da matéria, do cosmos inteiro.

Pela sua quase “onipresença” social e pelo seu trabalho em qualquer profissão que for os membros dos Institutos Seculares prolongam a ação eucarística da lenta e irresistível consagração da matéria e do mundo a Cristo. É a da transignificação  do mundo. Em outras palavras, isso quer dizer que o sentido do mundo não se esgota na matéria. Ele tem uma dimensão que vai além desta: a espiritual.

E esse “testemunho de secularidade” é dado em os ambientes mais variados, inclusive “onde só se pode dar testemunho da Igreja de forma individual, escondida e silenciosa” (ibid., pág. 391). E o Papa ainda acrescenta que “a Igreja tem necessidade desse testemunho” (pág. 392).

Os Institutos devem ser, na sociedade, uma garantia da “secularidade aberta”. Eles são o sinal quase-sacramental da “intimidade social de Deus”. Além disso, também devem ser uma garantia contra o secularismo, que exalta apenas os valores humanos e matérias, separando-os da raiz de sua “origem misteriosa”. Por isso o Papa diz que os membros dos Institutos Seculares devem “estar presentes no mundo, saber-se responsáveis para servi-lo, para configurá-lo segundo Deus, numa ordem mais justa e mais humana, para sacrificá-los por dentro” (ibid., pág. 391).

É o testemunho da dimensão redentora presente na matéria. É a prova que não se precisa “santificar” a matéria, mas sim, de que se precisa “consagrar” tudo a Cristo e , em Cristo, reconduzir tudo ao Pai. E a própria matéria nos deve ajudar a descobrir Deus nela mesma.

Tudo isso  se torna possível quando nós acolhemos a matéria na nocividade do mistério, escondido em seu seio. Só assim, nesta acolhida, se é possível libertá-la e ela nos comunicar o advento da mensagem redentora, que ela mesma carrega no segredo íntimo do mistério do seu ser.

É claro que não há um “sinal palpável” na matéria que nos releva os vestígios secretos do Criador, nela esparramados. A descoberta desses “vestígios” e um coração limpo, em atitudes de verdade “menor”.

Essa atitude supõe a base frontal do amor; um amor que seja capaz de virginizar o ser da pessoa, que vive na constante e “devota” alegria da oferenda da criação inteira do Pai. È o gesto de colocar, constantemente, a criação e a nós mesmos na grande patena do universo.

Essa atitude contemplativa leva o ser humano à superação tranqüila da “ameaça devastadora do secularismo” (ibid., pág. 392). Por isso o Papa afirma com confiança: “A humanidade espera que a Igreja encarne cada vez mais esta nova atitude diante do mundo, que em vós, deve brilhar de modo especialíssimo” (pág. 393).

Agora podemos concluir dizendo que “o retorno contínuo às fontes” (P.C.,1) para os Institutos Seculares, será sempre uma volta à raiz do “Mistério presente no século (mundo)”. Esta atitude é “carismática”, pois prova a imanência do transcedente, e prova que não há nada de “profano” no mundo, mas que tudo é de Deus, “Tudo é vosso; mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (I Cor. 3,22-23).