segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mensagem do Pe. João Calos Ribeiro, SDB em 05/03/2020


A quaresma vai avançando. Já estamos no nono dia, o nono passo da escada de 40 degraus. Quando começamos esta caminhada, ouvimos três recomendações: a oração, a penitência e a caridade. A cada dia, a Palavra vai nos explicando melhor essas três práticas. Ultimamente, ouvimos Jesus nos indicando uma escola de oração, na prece do Pai Nosso. Uma prece com sete pedidos, três para a glória de Deus e quatro para o nosso bem.

Escutemos hoje, o próprio Senhor nos indicando a oração de súplica: “Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! ”  Bom, em matéria de pedir, nós já somos bem treinados, não é verdade? Mas, podemos aprender muito mais com o Senhor.

Em primeiro lugar, pedimos a quem? Eu queria muito ouvir sua resposta, pedir a quem? A Deus, claro. Melhor dizendo, ao Pai. A oração de Jesus e a oração dos seus seguidores dirige-se, em primeiro lugar, ao Pai. Ele é a fonte de todo o bem, ele é o Criador e Pai de todos nós. Claro, também pedimos a Jesus.

E por que o Pai nos atende? Porque é ele bom, primeira resposta. Jesus comentou: “vocês, que não são lá essas coisas, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai dá coisas boas a quem lhe pede”. Por que o Pai nos atende? Porque estamos unidos a Jesus, o seu filho unigênito, segunda resposta. Desde o batismo, temos parte com ele, somos membros do seu corpo. Olhando para nós, o Pai nos reconhece seus filhos, unidos a Cristo, em comunhão com ele. Por que o Pai nos atende? Porque vivemos na fé, terceira resposta. “A fé é uma adesão filial a Deus, acima daquilo que sentimos e compreendemos” (Catecismo da Igreja Católica 2608). Pela fé, abrimos as portas de nossa vida para a ação de Deus.

E o que pedimos a Deus? A primeira coisa que pedimos ao Senhor, porque o amamos como nosso Deus e Pai, é a sua honra, a sua glória: “venha a nós o vosso Reino”. Em primeiro lugar, queremos que Deus seja amado, respeitado, obedecido. Esse é o primeiro desejo de um filho que venceu o impulso egoísta de apenas querer tirar proveito dos seus pais. A segunda coisa que pedimos ao Senhor, reconhecendo nossa fragilidade, são os bens necessários para a nossa vida e nossa realização: o trabalho, a saúde, a segurança, o perdão, a superação das adversidades. A terceira coisa que pedimos a Deus, como filhos na comunhão dos irmãos, é o bem dos outros, sobretudo dos mais frágeis e desprotegidos.

E como pedimos a Deus? Com a confiança de filhos amados. Com a humildade de quem reconhece não ter merecimentos, mas contar unicamente com a misericórdia e o amor do seu Pai. Com a perseverança da fé, sabendo que a provação purifica o coração. E em nome de Cristo, certos do que ele nos disse: “E o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14,13).

Guardando a mensagem
Jesus nos ensina a rezar. Hoje, nos estimula a fazer oração de súplica, a pedir, a bater, a procurar. Nós nos dirigimos, em súplica, ao Pai, mas também a Jesus. O Pai nos atende porque ele é bom, porque estamos em comunhão com Cristo, porque temos fé. Pedimos a Deus, em primeiro lugar, a sua glória; e depois, o nosso próprio bem e o bem dos outros, intercedendo em favor de suas necessidades. Pedimos, com confiança, com humildade, com perseverança e em nome de Cristo.
Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! (Mt 7, 7)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,

Aprendemos a rezar, contigo, como os primeiros discípulos. Aprendemos com teus ensinamentos e, sobretudo, com o teu modo de rezar. Aprendeste com Maria e com José, e com tua comunidade de Nazaré, a rezar com o livro santo da Palavra de Deus. De tua comunhão com o Pai, brotava uma oração filial comprometida com a glória de Deus e a felicidade e salvação dos teus irmãos. Em todos os momentos de decisão, te encontramos rezando no Monte, deixando-te conduzir pelo Santo Espírito. Obrigado, Senhor, pelas lições de tua vida e de tuas palavras sobre a oração. Não podemos deixar de te recomendar, Senhor, as vítimas das chuvas em Guarujá e na baixada santista, em São Paulo, os que perderam a vida nos deslizamentos de barreiras e os que estão desabrigados. Ajuda-nos a ser um povo solidário, que exerce sua cidadania também em favor da moradia decente para todos, sobretudo para os mais sacrificados. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vamos viver a palavra Repita, hoje, muitas vezes, como os discípulos, essa prece a Jesus: “Senhor, ensina-nos a orar!” (Lc 11,1). 

sábado, 2 de maio de 2020

Reflexão sobre a vida Consagrada na Pequena Família Franciscana

Estudo e retiro mensal da Fraternidade Frei Ireneo Mazotti - Bacabal MA.
Estudo dia 2/5 Tema: Os Justos e os Impios além das aparências Livro de Sabedoria Cap 3

Iniciar com a leitura do livro Eu Exulta em Deus meu Salvador:  pg _ 110 e 111
Vincenza fala da Eucaristia como vida. Ela às vezes, deixava transparecer algumas experiências suas sobre a Eucaristia. Provavelmente foi depois de uma comunhão que Vincenza inspirada a escrever as seguintes confidências às irmãs da PFF:. 
"Caríssimas, lhes falo com uma paz profunda, com vida plena, que perpassam meu ser. O Corpo e o Sangue de Cristo nutriram, assimilando minha carne, o meu sague, Cristo Senhor vive em mim. A força vital de sua Humanidade Divina vive no mundo atraí a si todos os corações." 195

Apesar de impossibilidade de receber a eucaristia, Vincenza vive sua comunhão espiritual em atitude de adoração e de participação na vida trinitária. Escreve: 
"O coração Eucarístico de Jesus, apesar de longe, no tabernáculo, me dá vida, vida intensa, nova vida que aumenta com o amor e dor para e levar as almas a adoração, ao amor da Trindade Santíssima. Amor, vida. A alma abismada em Jesus suplica graça, graça para as almas; adorar o Pai, a Trindade Santíssima incessantemente operando com participação da alma na união com as Três Pessoas Divinas das quais procedem o Amor e a Vida para Humanidade" 196 

Refletir sobre Tema: Os justos e os Ímpios 1. Estou consciente que a prova se torna fecunda ao ocorrer um momento em que aquela situação objetiva é encarada em obediência a Deus, no relacionamento com Deus, no acolhimento da vocação à Vida que vem Dele?

2. Entendo que a recusa daquilo que acontece é a recusa em aceitar a revelação do Mistério de Deus, querer fazer as contas com a paternidade de Deus que se revela?

3. Os ímpios se denunciam, se acusam, se condenam por si mesmos, porém.  Sempre e só deles mesmo, se compadecem. A impiedade é sem comunhão.

 4. Estou consciente que a escuta da Palavra que é a prerrogativa do justo é o fundamento da comunhão? E que na realidade, a alternativa entre justos e ímpios é comunhão e solidão?

Dia 3/5 Tema do retiro - O Chamado ao Absoluto de Deus - Só Deus é Bom -Fil 3,1-16 É Lc 12,22-34.
Pensar um pouco:Minha fé e confiança em Deus se revelam nas atitudes diárias na busca de fraternidade pela graça da Consagração na PFF. Sou consagrada com a missão de amar na realidade batismal. Venho do AMOR para amar e retornar ao AMOR.  

1. Faço memória da própria história na ótica da Consagração.  Sinto novamente, o chamado de Deus e qual a minha resposta?

2.  retomo os valores e atitudes que pautam minha existência na busca do Tesouro? 

3. Saboreio a alegria de ser consagrada e a possibilidade de cada dia poder viver a minha vocação e a missão?