Vida de união com Deus na cela da alma habita a Trindade Santa, sendo que a
oração nos conduz à soleira da cela e nos faz entrar nela. Mas Deus permanecer
em nós pelo amor de adoração, de agradecimento, de fidelidade, de união
nupcial... Padre Ireneo nos ensina: “Cada uma cuide de recolher-se na própria
cela interior para passar horas de intimidade com o Senhor e obter força,
serenidade e não sair desta cela senão para o dever e a caridade”... È Vincenza mesma que, com
insistência, nos convida a retornar continuamente ao coração da nossa vocação,
à semelhança da Virgem Maria: “Se não arde em nós o desejo e o querer de uma
união sempre maior, vã é a nossa consagração”. A essência da nossa consagração a Deus é a união Nele, porque isso Ele deseja
no mundo, em meio aos irmãos: isto mesmo nasceu a Pequena Família Franciscana.
O silencio nos escritos do Pedre Ireneo
Os ensinamentos do Padre Ireneo e
Vincenza sobre o silencio:
·
Escutar
e falar com Jesus amor: não significa ficar mudo;
·
Deus
é plenitude da alegria e do amor;
·
Falar
por amor no cumprimento do próprio dever e para dar as almas alegria, ajuda,
serenidade, paz e amor (VB 3);
·
Jejuar
a língua observando com mais escrupulosidade o silencio externo e interno (VB
20);
·
Criar
em torno de nós e em nós o silencio no qual Deus fala;
·
Manter-se
em recolhimento na cela interna da alma para escutar Deus e falar com Ele para
conhecê-lo, ama-lo e viver e viver com Ele em devota e contínua união (VB 410).
Vamos pensar um pouco?
v No silencio encontram-se as palavras justas,
projetam-se gestos e escolhas importantes: que valores têm o silencio em nossa
vida? Como procuramos cultivá-lo?
v O que nos diz o silencio de Jesus? O que pode ser
reprovado no barulho das nossas palavras, as conversas de uma crítica corrosiva
que invade o coração e, frequentemente, os nossos Grupos?
v Que espaço damos no silencio, à linguagem humana da
fé que não sabe falar se não se fixando no Tu de Deus? Quais tempos dedicamos
ao silencio, no qual se aprofundam as palavras da oração? Releia e medite: “Para
viver a minha vocação”. Comentário à Regra em I CA pagina 39-75.
v Qual silencio envolve o nosso fazer? Não ostentamos
muito frequentemente as nossas escolhas, as nossas fadigas, na procura de
gratificações e de compensações?
Ouve, filho
meu, e aceita as minhas palavras,
e se
multiplicarão os anos da tua vida.
Provérbios
4:10