terça-feira, 25 de junho de 2013

Somos pobres. A oração é o alimento de nossa alma.

 Em resumo, outra coisa não somos, senão pobres mendigos, que tanto temos, quanto recebemos de Deus como esmola: “Eu, porém, sou pobre e mendigo”(Sl 40, 18). O Senhor, diz Santo Agostinho, bem deseja e quer dispensar-nos as suas graças. Contudo não quer dispensá-las, senão a quem lhe pedir. Nosso Senhor no-lo assegura com as palavras: “Pedi e dar-se-vos-á”. Logo, diz Santa Teresa, quem não pede não recebe. Assim como a umidade é necessárias às plantas para não secarem, assim diz são João crisóstomo, nos é necessária a oração para nos salvarmos.
Em outro lugar, diz o mesmo Santo, que assim como a alma dá a vida ao corpo, assim também a oração mantém a vida da alma: ” Assim como o corpo não pode viver sem a alma, assim a alma sem a oração será morta e xala mau cheiro”. Disse “exala mau cheiro”, porque quem deixa de recomendar-se Deus logo começa a corromper-se. A oração é ainda o alimento da alma, porque assim como o corpo não se pode sustentar sem alimento, assim, sem oração, diz o santo Agostinho, não se pode conservar a vida da alma. Como o corpo, pela comida, assima alma do homen é conservada pela oração.

A oração é o caminho ordinário para se receber os dons de Deus:

Que a oração é o único meio para se receber as graças divinas, o confirmar de um modo mais claro o mesmo santo doutor, quando diz que todas as graças que o Senhor desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer  conceder a não ser por meio da oração. A mesma coisa ensina São Gregório: “Pela oração, merecem os homens receber o que Deus, desde a eternidade, determinou conceder lhes”. “A oração é necessária, diz Santo Tomaz, não para que fiquemos conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, para receber oportunamente os socorros da salvação.
 Assim, reconhecemos Deus como único autor de todos os bens, a fim de que” (são palavras do Santo) “nós conheçamos que necessitamos de recorre ao auxílio divino e reconheçamos que Ele é o Autor dos nossos bens”. Assim como o Senhor quis que, para sermos providos do pão e do vinho, semeássemos o trigo e cultivássemos a vinha, assim quis que recebêssemos as graças necessárias para nos salvar, por meio da oração: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis”(Mt 7,7).
(São Afonso de Ligório – O Grande Caminho – condensado-)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vida de Família / 04 / 2012

Vida de união com Deus na cela da alma habita a Trindade Santa, sendo que a oração nos conduz à soleira da cela e nos faz entrar nela. Mas Deus permanecer em nós pelo amor de adoração, de agradecimento, de fidelidade, de união nupcial... Padre Ireneo nos ensina: “Cada uma cuide de recolher-se na própria cela interior para passar horas de intimidade com o Senhor e obter força, serenidade e não sair desta cela senão para o dever e a caridade”... È Vincenza mesma que, com insistência, nos convida a retornar continuamente ao coração da nossa vocação, à semelhança da Virgem Maria: “Se não arde em nós o desejo e o querer de uma união sempre maior, vã é a nossa consagração”.  A essência da nossa consagração a Deus é a união Nele, porque isso Ele deseja no mundo, em meio aos irmãos: isto mesmo nasceu a Pequena Família Franciscana.

O silencio nos escritos do Pedre Ireneo
Os ensinamentos do Padre Ireneo e Vincenza sobre o silencio:
·        Escutar e falar com Jesus amor: não significa ficar mudo;
·        Deus é plenitude da alegria e do amor;
·        Falar por amor no cumprimento do próprio dever e para dar as almas alegria, ajuda, serenidade, paz e amor (VB 3);
·        Jejuar a língua observando com mais escrupulosidade o silencio externo e interno (VB 20);
·        Criar em torno de nós e em nós o silencio no qual Deus fala;
·        Manter-se em recolhimento na cela interna da alma para escutar Deus e falar com Ele para conhecê-lo, ama-lo e viver e viver com Ele em devota e contínua união (VB 410).

Vamos pensar um pouco?
v No silencio encontram-se as palavras justas, projetam-se gestos e escolhas importantes: que valores têm o silencio em nossa vida? Como procuramos cultivá-lo?
v O que nos diz o silencio de Jesus? O que pode ser reprovado no barulho das nossas palavras, as conversas de uma crítica corrosiva que invade o coração e, frequentemente, os nossos Grupos?
v Que espaço damos no silencio, à linguagem humana da fé que não sabe falar se não se fixando no Tu de Deus? Quais tempos dedicamos ao silencio, no qual se aprofundam as palavras da oração? Releia e medite: “Para viver a minha vocação”. Comentário à Regra em I CA pagina 39-75.
v Qual silencio envolve o nosso fazer? Não ostentamos muito frequentemente as nossas escolhas, as nossas fadigas, na procura de gratificações e de compensações?

Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras,
e se multiplicarão os anos da tua vida.
Provérbios 4:10