quinta-feira, 26 de junho de 2014

Carta de Vincenza Stropa


Março de 1943
Jesus Amor!
Graças e paz de Deus nosso Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eis-me a vós, queridas filhas irmãs pelo rumo da obdiência. E eu me alegro por isso, pois em meu e vosso obdecer nos encaminhamos ao céu. Em verdade tendes em vós outro caminho melhor que este e uma meta mais feliz que esta? Ir para o céu! Ir até Deus! Que apareçam mesmo sobre este caminho sobre-humano e espinhos da nossa carne do mundo do demônio; que nos espetem, que nos façam sangrar para poder pisá-los. Nos perecemos com o nosso Deus crusificado para o nosso amor.
Procurar por Deus, encontrar a Deus, conhecer Deus e a si mesma e a luz da verdade ama-lo, servi-lo, doar-lhe tudo; todo o resto é nada. Vamos a Ele com todoas as nossas forças. Felizes de nós que já estamos a caminho do seu coração pela santa obdiência.
Obdiência celestial, fruto divino da santa humildade. A humildade minhas queridas, eleva o coração de Deus, e por isso Ele doa a alma todos os seus divinos frutos. Da humildade nascem, brotam, crescem e amadurecem perfeitamente todas as virtudes.
Pode-se muito bem trabalhar, cansar e doar-se a alma, para conquistar e fazer o terreno da humildade, onde ficar as raizes e delas receber nutrientes e substâncias, as virtudes nunca chegarão à perfeição, pelo contrário ficarão pobresbotõezinhos de flor que terão como único destino o de perder as pétalas e ressecar. Ah, a humildade, falar de quanto luz da verdade, luz de Deus, luz da verdade que do sumo Bem entra na alma com a chave viva da força divina, pela qual ela vê e reconhece ser o altíssimo Deus, todo perfeitíssimo.
Luz da verdade pela a qual, no sumo Bem a alma vê a sua natureza de pecado.
Aqui se estabelece o fundamento certo da humildade. Ah! A humildade, alegria no coração, pois contepla no divino amado a tudo e em si mesma o nada. No divino amado contempla toda perfeição em si mesma toda miséria.
Alegria no coração, pois o sumo Bem se digna de amar a suma miséria. Eis a alma estabelecida na humildade.
Rogamos ao nosso divino Pai, queridas irmãs, que pelos méritos do seu próprio divino Filho nos doe essa luz da verdade da santa humildade, fundamento e mãe de todas as virtudes, fundamento certo da divina união com Deus.
Mas, outra vez já lhes falei disso, o sol divino entre a seu prazer, e a seu prazer acerta, ilumina e aquece com a sua própria luz de verdade e de vida quem se encontre com a alma limpa e transparente, límpida como uma pérola preciosa, sem impurezas.
Oh, queridas irmãs, a nossa alma preciosa mantem infelizmente as feias e danosas impurezas da soberba que não deixam entrar o divino sol. Ah, a soberba, ruina da obra de Deus. Temo demorar em execesso. Nos entretemos ainda outra vez, estabelecida pela obediência e conversaremos a respeito do nosso jesus suave e humilde coração.
Que a graça de Deus esteja sempre convosco.
A vossa mestre
Vincenza Chiara